Perspectiva para as vendas de Natal ainda é incerta em São Leopoldo

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Em conversa nesta quarta-feira, 11, no Berlinda News Entrevista, o vice-presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia de São Leopoldo (Acist-SL), Felipe Feldmann, afirmou que não existe ainda uma perspectiva em relação as vendas de Natal. Segundo ele, que também é gestor de uma das lojas mais tradicionais da cidade, a Ferragem Feldmann, a situação ainda está indefinida por uma série de fatores, entre eles e principalmente, o fator financeiro dos lojistas. “Muitas lojas estavam em uma situação financeira não muito boa e aí vem uma pandemia que restringe o faturamento em 4 meses. Se esses estabelecimentos continuassem, seria uma bola de neve nas dívidas. Então muitas perceberam isso com antecedência e resolveram fechar. Na Rua Conceição, por exemplo, sete lojas fecharam nesse período”, contou ele que também lembrou que a Rua Independência chegou a ter dez espaços para alugar.

Apesar do cenário ainda delicado, Felipe diz que a melhora está vindo aos poucos. Com o fechamento de muitas lojas na Independência, por exemplo, o valor dos aluguéis caiu, o que fez com que a maioria já tenha sido ocupada. “Acredito que no momento só tenhamos três ou quatro espaço ainda vagos.” Novos aluguéis, reformas, uma pequena movimentação existe, mas muitos lojistas ainda estão cautelosos, principalmente em relação as contratações de Natal. “Fizemos uma pequena pesquisa e verificamos que existe um grupo de comerciantes que não vai contratar ninguém porque não tem recursos. Outros, pretendem contratar para substituir os funcionários que saíram durante a pandemia. E ainda existem aqueles que vão contratar temporariamente porque realmente acham que as vendas serão boas e estão apostando nisso. É uma situação bem atípica este ano”, ressaltou Felipe que alertou que a maior preocupação no momento do governo municipal é sobre as aglomerações no comércio nesta época do ano que é considerada uma das mais movimentadas economicamente. “A Campanha de Natal está em conversa, tanto que ontem teve uma reunião na Prefeitura, porque a preocupação é que não aconteça aglomeração na Independência. Queremos tentar distribuir essas compras de final de ano. Como não vai ter o 13º salário dos aposentados, não vai ter uma injeção tão grande.”

Hábitos de consumo mudaram

A pandemia mexeu com a vida de todos e também com os hábitos, vontades e consumos. De acordo com Felipe, enquanto que as vendas de roupas de inverno despencaram este ano na cidade, a de móveis, artigos para casa e eletrônicos disparou. “Muitas lojas estão com o estoque de inverno cheio ainda, porque não teve férias, viagens, ninguém precisou comprar roupa para trabalhar porque a maioria ficou trabalhando em casa. Então não houve essa necessidade de compra. E como não precisaram investir em férias, viagens, lazer e passeios, as famílias começaram a investir na casa, então aumentou a venda de colchões, sofás e até de webcams por conta de trabalhar de casa. Tanto que, um dos setores que mais cresceu nesse período foi o da construção. Muitos que usavam a casa apenas como dormitório, passaram a ficar quase que em tempo integral na residência e a procura por conforto aumentou.”

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