Se alguém no PT achar que a vereadora Ana Affonso está sendo prepotente ao dizer que as definições sobre 2024 passam por ela, estará enganado(s), não fez a leitura correta do que as urnas mostraram no 1º turno e precisa se aproximar mais da base, da militância, na prática, sair do sétimo andar. Quando Ana fala que está preparada para qualquer função refere-se ao mandato na Assembleia, da candidatura majoritária em 2018 e da vice-presidência estadual do partido. É uma bagagem concreta e reconhecida pelos 22 mil votos que conquistou fora de São Leopoldo com algumas surpresas positivas e outras nem tanto.
Guaíba e Sapiranga
Em Guaíba, por exemplo, Ana esteve uma vez apenas durante a campanha e fez 2.173 mil votos com o trabalho de petistas que conheceu no início do ano pelo deputado Marcon. Já em Sapiranga, que tinha como cabo eleitoral o ex-prefeito Nelson Spolaor, atual secretário geral de Vanazzi, Ana não passou dos 549 votos.
2021/RPVs
Lembrando que em 2021, como presidente da Câmara de Vereadores, Ana Affonso pagou um preço alto quando o sétimo andar mandou para o plenário a pauta mais negativa da atual legislatura, as RPVs que afetam diretamente os servidores municipais. A cúpula do governo colocou o projeto no plenário para que ela resolvesse. Por conta disso, uma das expectativas era um prejuízo grande na campanha para Assembleia. Isso e muito mais estará na pauta interna do PT após o 2º turno. Ana disse ontem na Berlinda que a partir de agora fará a sua fala naturalmente, independente de agradar ou não seus companheiros de partido.
Caminho de todos
Aliás o partido de São Leopoldo com representação na Câmara de Vereadores, que não fizer autocrítica do desempenho no 1º turno, com ou sem candidatura local, sairá enfraquecido para 2024. Quem não teve candidatura terá que avaliar o poder de voto para candidatos de fora.