Um triste número levantado pelo estúdio de dados Lagom Data mostra que 4,5 mil profissionais de saúde morreram na linha de frente, durante a pandemia, no Brasil. A informação faz parte da pesquisa Behind the Mask (Por Trás da Máscara, na livre tradução). O estudo foi realizado também nos países do Paquistão, Tunísia e Zimbábue.
Do total de trabalhadores da área da saúde no País que vieram a óbito, 70% eram técnicos e auxiliares de enfermagem, ou seja, profissionais com salários mais baixos. Já 25% eram enfermeiros e 5%, médicos. Esses percentuais incluem tanto trabalhadores da rede público como privada e foram recolhidos entre março de 2020 e dezembro de 2021.
Segundo a secretária-geral da Public Services Internacional (PSI), organização suíça que divulgou a pesquisa, Rosa Pavanelli, o Brasil foi um dos países em que a pesquisa foi feita em função da desvalorização desses profissionais.
“Faltaram equipamentos de proteção, oxigênio, vacinas, medicamentos, sobraram mensagens falsas e desaforadas do governo sobre a covid-19 chocando o mundo. E até hoje os profissionais da linha de frente seguem desvalorizados no Brasil.”