Hospital Centenário reduz de 10 para 3 horas tempo de atendimento na emergência

Publicado em:

O programa Berlinda News Entrevista recebeu  no estúdio a presidente da Fundação Hospital Centenário, Lilian Silva que falou sobre diversos assuntos entre eles, o projeto com o Hospital Sírio Libanês, de Porto Alegre, a parceria com a Unisinos e sobre as internações por covid-19.

Foto: Juliano Palinha

O projeto que está sendo desenvolvido no Hospital Centenário já mostra resultados positivos e segundo Lilian, conta com o empenho de toda a equipe de funcionários para melhorar cada vez mais. Melhoria essa que também deve acontecer na parceria com a Unisinos que planeja para o próximo ano, aumentar o número de salas de aula dentro do hospital. Já as internações pelo coronavírus ainda preocupam. De acordo com a presidente da Fundação, apesar do número de internados ter diminuído nos últimos dias, a atenção ainda é grande em relação a doença.

 

Projeto Hospital Sírio Libanês

Monitoramentos diários por sistema e a cada 15 dias de forma presencial por equipes do hospital Sírio Libanês, estão fazendo com que, não só o tempo dos atendimentos reduzam como também melhorem de qualidade. A constatação aparece nos dados trazidos por Lilian. Conforme ela, enquanto que até o início deste ano, quando iniciou o projeto, o atendimento na emergência, sem necessidade de internação, demorava de 10 a 12 horas, desde o momento em que o paciente se apresentava na recepção até a sua saída, hoje esse tempo é de em média 3,5 horas. Já o período de internações que antes era de 12 dias, atualmente não passa de 3 dias. “Depois da triagem é que se perdia mais tempo, ou seja, na primeira consulta, na reavaliação médica e no exame de ecografia. São pontos que observamos que tinham gargalos, tanto que isso envolvia contratos com empresas terceirizadas que foram alterados em função da necessidade de qualificar esse atendimento. Tivemos também que melhorar nossa rotina e a comunicação entre a equipe médica, a equipe de enfermagem e a de serviço social, por exemplo”, explicou Lilian.

Foto: Aline Marques/Hospital Centenário

O envolvimento de todas as equipes foi mesmo fundamental para esta mudança. De segunda a sexta, às 9 horas, por exemplo, é feita uma reunião com representantes de cada área do hospital que são questionados sobre diversos assuntos, entre eles, escala de horários, alimentação, equipamentos e manutenção. Caso necessário, é dado 24 horas para que a situação se resolva. No dia seguinte, de acordo com a presidente, antes de iniciar uma nova reunião, verifica-se se as demandas do dia anterior foram atendidas ou não. “Quando a equipe do Sírio Libanês vem ao hospital quem apresenta todas as informações são funcionários do Centenário. Eu participo com o objetivo de entender para tomar uma decisão mais qualificada, mas quem faz o caminho todo é a nossa equipe. E a enfermagem se envolveu muito nisso.”

O projeto do Sírio Libanês continua. Até Dezembro os monitoramentos presenciais serão a cada 15 dias e a partir de Janeiro serão mensais. Durante todo o tempo, porém, as equipes do Centenário permanecem enviando via sistema dados diários sobre os atendimentos e internações. Todo esse trabalho, para a presidente da Fundação, é motivo de orgulho. “Cheguei em 2017 e via os espaços, o ambiente do hospital e parecia tudo tão sucateado e isso influencia bastante na auto-estima do funcionário. Você chega em um espaço da saúde para ser atendido e o local está mau cuidado, sujo, onde os funcionários estão ociosos, irritados e cansados, imagina a insegurança que gera no paciente e no familiar? Então tentamos trabalhar muito isso junto aos funcionários. Por isso, sempre comento com a equipe que quero deixar de herança este projeto, que eles abracem independente de quem esteja na gestão, que mantenham os processos aplicados até aqui.”

Parceria com a Unisinos

Aos poucos, o Hospital Centenário vai se tornando um hospital escola para os alunos da área da saúde da Unisinos. Atualmente já existem grupos de estudantes de medicina, enfermagem e fisioterapia acompanhando os pacientes por turno, sempre supervisionados pela equipe do HC e por um professor. No final de cada turno, os futuros profissionais são levados à uma sala de aula que existe no prédio do hospital para fazerem discussão de caso. A parceria tem dado tão certo, que segundo Lilian Silva, a intenção é de em 2021 aumentar o número de salas e construir também um auditório para os estudantes. “Hoje na emergência temos um grupo de enfermagem da Unisinos no turno da manhã e da tarde, na fisioterapia tem outro grupo que trabalha com os pacientes na clínica e na UTI e na área médica, temos alunos de medicina na clínica, na UTI adulto e no Centro Obstétrico, tudo com supervisão. Por isso, para o próximo ano vamos ampliar as salas de aula dentro do hospital. Já somos um campo de prática, mas estamos nos estruturando para um desenho de hospital de ensino. Provavelmente este novo espaço será levantado na antiga administração. A ideia é fazer um auditório e uma sala de aula por especialidade.”

Internações por covid-19

Segundo a presidente da Fundação, a situação já esteve pior, mas ainda requer cuidado. De acordo com ela, já houve períodos em que dos 16 leitos reservados a pacientes com coronavírus, 12 estavam ocupados. “Hoje está relativamente tranquilo. Temos 9 pacientes na UTI. Além disso, há oito dias que não registramos resultado positivo em funcionários.”

Compartilhe nas redes sociais

Mais Lidas

Leia também
Notícias

Tenente-Coronel Silva Bueno deixará o comando do 25º BPM

Após 1 anos a frente do 25º Batalhão de...

Apesar das obras, mortes e colisões na BR-116 em São Leopoldo seguem em alta

Após mais um triste episódio envolvendo uma morte na...

MDB de São Leopoldo está sob responsabilidade da direção estadual

O MDB de São Leopoldo está sob responsabilidade da...

Missionários luteranos relatam desafios e aprendizados em cinco anos de trabalho na Honduras

Os entrevistados na manhã desta segunda-feira (16) do Berlinda...