A primeira Unidade de Coleta de Sangue do Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV) de Sapucaia do Sul completa seis meses de funcionamento nesta terça-feira, dia 14, Dia Mundial do Doador de Sangue. O local já recebeu 402 pessoas interessadas na doação. A demanda, que era aguardada há mais de 15 anos pelos sapucaienses, foi possibilitada por uma parceria com o Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul (Hemorgs), que participa de todo o processo. Antes disso, os cidadãos precisavam se deslocar até Porto Alegre e outros dois municípios para fazer a doação.
O pedreiro José Volnei Souza da Rosa, de 56 anos, morador de Sapucaia, doa sangue há cinco anos. “Eu tenho carteirinha de doador e antes doava sangue em Porto Alegre porque a minha sogra teve um AVC. Eu a levava para se tratar lá e já aproveitava. Quando ela foi curada e parei de levá-la até a capital, parei de doar por um tempo”, conta. O pedreiro está doando sangue em Sapucaia pela primeira vez e revela que a ação faz com que ele se sinta bem. “Era difícil ir para Porto Alegre e quando eu fiquei sem doar sangue, me sentia mal e pesado. Agora que tem a sala em Sapucaia, voltei a fazer isso. Quando doo, eu me sinto mais leve”, relata.
A estagiária de arquitetura Kamila Vivian, de 21 anos, também mora em Sapucaia e doa sangue desde os 16 anos. Para ela, ajudar quem precisa é sua motivação. “Acredito que é muito importante ter empatia e pensar no próximo. É algo tão simples, que pode ajudar tanta gente. Não dói e ainda é rápido”, opina. Seu namorado, Bryan Bonness, de 19 anos, a acompanhou e aproveitou para doar pela primeira vez. “Eu não doava antes por falta de oportunidade, mas acho um gesto muito importante e a pessoa não precisa se esforçar muito, é tão simples e rápido. Às vezes, a gente só se dá conta da importância disso quando alguma pessoa próxima de nós precisa”, comenta.