Desde o dia 28 de fevereiro, os hospitais Centenário e São Camilo, respectivamente São Leopoldo e Esteio, não recebem mais repasses do Ministério da Saúde (MS) para manter leitos clínicos e UTIs covid. Por nota técnica, o MS “informou” aos hospitais de todo o País o fim do repasse especial covid maior que o recurso para leito convencional de R$ 600 dia por paciente. No Berlinda News Entrevista de hoje (15), as diretoras Lilian Silva e Ana Boll lamentaram a decisão que chegou sem uma orientação e suporte para que os hospitais reorganizassem suas estruturas.
A pergunta é como os pacientes covid – mesmo com números mais baixos, ainda existem internações pela doença – serão tratados em suas cidades.
O que diz Lilian Silva
“Até o dia 31 de março, o Centenário está com cinco (5) leitos clínicos e cinco (5) leitos na UIT covid, mas sem o repasse anterior, ou seja, o Município irá bancar. Inclusive temos contrato com as equipes e não poderíamos interromper assim. A cada dez leitos de UIT precisamos de uma equipe. O valor de R$ 600/dia por paciente é insuficiente porque nesse valor está incluso a equipe, medicação e equipamentos. Infelizmente o Ministério da Saúde está fazendo o que fez no início da pandemia, quando tivemos 72 horas para reorganizar nossas estruturas e atender os pacientes covid. Apesar da nossa preocupação e dificuldade financeira, os pacientes da cidade serão atendidos”.
O que diz Ana Boll
“Nesse momento estamos com seis (6) pacientes covid, sendo três de Esteio e três enviados pela Central de Regulação do Estado. Diante dessa decisão do Ministério da Saúde vamos ficar com dois leitos covid no São Camilo, é o que podemos gerenciar. O governo federal encerrou o repasse por decreto, pelo papel. Nós temos ue resolver na prática. Hoje estamos com a mesma estrutura covid com tenda para receber os pacientes e espaço para internação isolada. Mesmo que o MS trate covid como uma patologia igual ao AVC, o paciente covid exige isolamento nos mesmos moldes da tuberculose.”
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