O Berlinda News Entrevista desta quinta-feira (11) recebeu o soldado Vinicius Flores, do 25º BPM de São Leopoldo e a especialista em terapias integrativas e complementares, Janaína Cruz.
Flores tem 35 anos, há 16 trabalha no BPM, e está em processo de restabelecimento de sua saúde após ter tido Covid. Ele teve 50% dos pulmões comprometidos e déficit motor do lado esquerdo. Após 40 dias de internação e 21 dias entubado, há sete meses o soldado toma medicação, faz fisioterapia duas vezes na semana e academia diariamente para se recuperar. “A fisioterapia cresceu muito dentro do quadro do Covid, existe uma PEC sendo assinada para ter sempre um fisioterapeuta dentro de uma UTI. E no caso do Flores, existe uma memória celular no corpo. Ele terá uma recuperação mais rápida do que uma pessoa que é sedentária”, explica Janaína.

A retomada da vida de Flores não foi fácil. “Cheguei em casa de cadeira de rodas. Achei que ia poder aproveitar a minha cama, mas eu não tinha força para fazer os movimentos. Minha esposa sempre precisava me virar de lado”, conta ele, que também teve crise de ansiedade após a volta para casa. Prezando por sua saúde mental, por iniciativa própria quis retornar ao trabalho e desde agosto está de volta em atuação.
Estudante do 8º semestre de Fisioterapeuta na Unisinos, e com atuação em terapias integrativas, Janaína explica que as práticas orientais têm mostrado melhora e diminuição do tempo de internação de pacientes de Covid. “Já atendi muitos pacientes em recuperação de Covid, a acupuntura ajuda a diminuir a ansiedade nesses casos. Sempre busco estudos científicos para me atualizar e durante a Covid surgiram muitos estudos”, diz Janaína.
Para Flores, o momento difícil lhe trouxe aprendizados e mudanças no dia a dia, como mais procura pela família e desconsideração daquilo que não importa e não faz bem. “Agora ligo todos os dias para minha mãe, e vou quase todos os dias visitar meus pais”, relata. “As pessoas precisam relevar as coisas da vida, as brigas sem importância. Precisamos mostrar incentivo, trazer uma boa palavra.”
Práticas diversas
“Além da acupuntura, trabalho com várias outras técnicas, como o Reiki, que levamos para o Hospital Centenário. Aplicamos nos pacientes da oncologia e vamos voltar para atender a maternidade. Há também terapias de grupo que ajudam muito. Esses processos orientais trabalham sempre pela prevenção”, destaca Janaína.

Segundo ela, ainda há desconfiança e descrença quanto às terapias integrativas. Ela destaca que o terapeuta integrativo não interfere na medicação e tratamento tradicional. “Em nenhum momento o terapeuta vai dizer para interromper a medicação. As medicinas são complementares”, afirma. “E Osho dizia que a cura vem de dentro. Hoje já temos tratamentos embasados em estudos científicos, e quando a pessoa entra no consultório, ela já está recebendo vários tratamentos como a aromaterapia com o cheirinho do ambiente, uma iluminação diferente, que é a cromoterapia, um som mais calmo, que atua sobre as células do corpo da pessoa.” Para conhecer mais do trabalho de Janaína acesse o perfil no Instagram @janainacruzacupuntura.
Ouça abaixo a entrevista completa