São Leopoldo terá aulas de reforço no contraturno escolar da rede municipal de ensino em parceria com a Unisinos

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A Secretaria Municipal de Educação (Smed) de São Leopoldo já está preparando ações para recuperar o aprendizado dos alunos que foi prejudicado por conta da pandemia.

De acordo com o secretário Ricardo Luz, que foi o convidado do Berlinda News Entrevista desta quarta-feira (7), um projeto de contraturno escolar em parceria com a Unisinos será colocado em prática assim que as aulas presenciais retornarem em agosto.

É o Mais Educa São Léo que já levava oficina de artes e esporte para as 20 escolas prioritárias da rede municipal de ensino e que agora, vai levar aula de reforço de português e matemática para estudantes das séries iniciais e também do 6º ao 9º ano.

Segundo a diretora pedagógica da Smed, Carla Escosteguy, essas escolas têm no mínimo 28% dos estudantes com família dependente do Bolsa Família, ou seja, que vivem em situação de vulnerabilidade.

“Será uma repactuação da aprendizagem. Vamos acompanhar a aprendizagem desses estudantes, porque mesmo com os esforços da Smed oferecendo internet patrocinada e material impresso para aqueles que não tinham condição de ter uma aula online, alguns estudantes não conseguiram acompanhar o ensino e para isso acontecer, somente com as aulas presenciais”, explicou.

Funcionamento

Ao todo, 72 alunos dos cursos de Letras, Matemática e Pedagogia da Unisinos participarão do projeto que vai ocorrer durante quatro dias da semana. Para assistir as aulas de reforço, o estudante será encaminhado pelo professor titular da turma, que antes fará uma avaliação.

“Não haverá substituição de professor, pelo contrário, estamos aumentando provisoriamente o número de docentes com o objetivo de resgatar o ensino perdido durante a pandemia. Para isso, os professores da rede municipal terão conversas diárias com os professores da Unisinos para avaliarem a situação de cada aluno e saber se é necessário continuar com o reforço ou se a recuperação já foi feita com sucesso”, salientou Carla que ressaltou que a defasagem maior na aprendizagem está nas turmas do 6º ano. “Em 2019 esses alunos concluíram o 4º ano e fizeram o 5º ano em 2020 de casa, ou seja, ele inicia agora o 6º ano, que já é um dos anos finais, com dificuldades, por isso nosso foco maior será nesse estudante.”

Segundo o titular da Smed, o Educa Mais São Léo só não será aplicado nas 50 escolas da rede municipal por falta de pessoal. “Precisaríamos de mais de 170 bolsista da Unisinos e no momento a universidade não consegue nos fornecer esse número, então decidimos aplicar nas escolas que estão em comunidades mais vulneráveis.”

As escolas que receberão o projeto Mais Educa São Léo são: Bento Gonçalves, Tancredo Neves, Chico Xavier, Mario Fonseca, Rui Barbosa, Osvaldo Aranha, Edgar Coelho, Padre Orestes, João Goulart, Maria Edila, Álvaro Nunes, Santa Marta, Paulo Beck, Germano Sperb, Clodomir Vianna, Dilza Flores, Castro Alves, Hohendorff, Arthur Ostermann e Zaira Hauschild.

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