Durante o feriadão de Corpus Christi, de 19 a 22 de junho, o Hospital Centenário de São Leopoldo registrou uma alta demanda de atendimentos, e alguns familiares de pacientes se queixaram da demora e procedimentos adotados pela entidade.
Em nota, o Centenário informou que manteve o atendimento ininterrupto, apesar de operar com 128% de sua capacidade. Segundo o presidente da fundação, Ricardo Silveira, “mesmo dentro dessas condições, a FHC não restringiu atendimentos, mantendo condições assistenciais adequadas para todos que procuraram o hospital”.
Ao longo dos quatro dias, foram registrados 634 atendimentos: 470 casos de urgência adulta, 164 de urgência pediátrica e mais de 36 partos. Pacientes de 12 municípios (Portão, Estância Velha, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul e Ivoti, entre outros) buscaram socorro na unidade, além de moradores de todos os bairros de São Leopoldo, com destaque para Feitoria e Santos Dumont. Entre as principais queixas, figuram casos de AVC, infarto, insuficiências respiratórias, traumas de trânsito e acidentes domésticos.
O hospital reforçou que prioriza atendimentos conforme a gravidade clínica de cada paciente, mas reconheceu lotação nas alas de urgência e emergência.
Moradores reclamam de demora em atendimento
Durante o final de semana, viralizou nas redes sociais a um vídeo referente a reclamação de um grupo de moradores acerca do atendimento no Centenário no período. Um caso em específico se refere a um rapaz chamado Wagner, que pontua que estava no hospital desde às 11h30 deste domingo (22) na companhia do seu avô, Acylino Maria Alves – 85 anos – com suspeita de fratura na perna, após cair em sua residência.
De acordo com ele, Acylino – o popular Sarney – foi levado de ambulância ao hospital e deixado na faixa amarela, setor de menor complexidade frente à urgência, sem receber medicação e tendo feito exames somente na parte da noite para detectar a gravidade da sua lesão.
Ainda de acordo com Wagner, o Hospital indicou que só poderia realizar um procedimento cirúrgico, em caso de confirmação da fratura em seu avó, somente na terça-feira da próxima semana, dia 2. O jovem se queixa que seu avô segue na ala da faixa amarela em uma maca no corredor.
A assessoria de comunicação do Hospital Centenário foi procurada pela redação do Berlinda e ainda não se pronunciou sobre esse episódio. O diretor-presidente do Hospital Centenário, Ricardo Silveira, também foi procurado pelo repórter Juliano Palinha na manhã desta segunda-feira, 23, durante o programa Tá na Hora, onde o repórter esteve presente para acompanhar a movimentação da entidade.
Porém, não foi possível conversar com o diretor, em razão da reunião do secretariado municipal, que ocorre todas as segundas-feiras pela manhã.