Durante o programa Tá na Hora da manhã desta quinta-feira, 29, o jornalista Juliano Palinha trouxe as últimas informações sobre a chuva recorrente que cai sobre o Vale do Sinos desde terça-feira. Nesta madrugada de quinta-feira (29), o volume de chuva aumentou consideravelmente, o que acendeu o alerta da população acerca de uma possível cheia do Rio do Sinos.
Palinha esteve no local para trazer as informações mais recentes do nível do rio, e durante sua transmissão ao vivo junto com Marco De Britto, foi abordado por diversos moradores, que relataram a situação de suas casas frente aos desafios do clima. Até o momento, o Rio do Sinos está dentro de um nível considerado normal, mesmo com a cheia causada pelo tempo, longe de estar em um nível crítico. A previsão é que a chuva cesse na tarde desta quinta-feira.
Medo no bairro Campina
A moradora Fabiane Fernandes, que reside no bairro Campina, trouxe um relato preocupante. De acordo com ela, um valão de contenção foi aberto há alguns anos perto da sua casa, atrás da fábrica da Dalleaço – uma espécie de barreira de contenção com macro-drenagem.
E neste momento, esta intervenção preocupa. “Agora está cheio. Pegamos enchentes em 2023 e 2024. Eu perdi todas as minhas coisas em 23. E agora está prestes a acontecer de novo”, apontou. A moradora cita que tem o contato direto com o prefeito Heliomar Athaydes Franco e do secretário de Obras, Rogel Tarzan, e tentou falar com ambos, encaminhando vídeos da área, demonstrando o problema. No entanto, não foi correspondida.
“Ninguém me dá um suporte ou retorno. Eu saio pra trabalhar agora, e se minha casa for invadida pela água? Ela já está condenada pela Defesa Civil e a situação só piora a cada ano. Depois acontece uma tragédia, e vão dizer que foi uma catástrofe da natureza. Nós pagamos os impostos e taxa de água para termos o mínimo de serviço, e não para a nossa casa ser invadida pelo esgoto”, frisa,
Fabiane reside no local há 14 anos e relata que desde 2015 os moradores sofrem no local com as cheias. “Se alguém puder interceder junto a esfera pública para fechar aquele valão, já nos ajuda, porque colocaram a proteção de terra para o lado do mato, ao invés de aterrar a faixa de dentro que protege a população”, finalizou.
Boas notícias na Vicentina
Outro morador que interpelou Palinha durante o programa ao vivo, foi Gilson Tibiriçá. Ele pertence ao grupo Pró-Dique do bairro Vicentina, localizado na baixada. De acordo com ele, até o momento não há nenhum registro de alagamento no local.
“Trocamos mensagens hoje de manhã em nossos grupo de WhatsApp, e por ali vamos atualizando as situações das ruas. Cada um traz o seu relato para irmos monitorando e atualizando. E graças a Deus até esta manhã nada de grave foi reportado”.
O morador aponta que sempre que chove vem a apreensão. “Temos muitos traumas da chuva. Não foi uma chuva forte, porém ela foi constante. Antigamente gostávamos do barulhinho para dormir, atualmente ficamos apreensivos”, brincou.
Casos no Rio do Sinos
Já a moradora Laura Iara Cesar, que reside na rua 25 de março no Rio do Sinos, reforça que desde a semana passada os moradores enfrentam problemas com água de esgoto na área. “Tinha água aqui na ponte, no lado de cá do dique, e do lado de lá não tinha. E a água veio pelo esgoto. Até agora estamos com esse problema”, apontou.
Já o Seu Noé, de 64 anos, também morador da Rua 25 de março, relatou que os moradores estão com medo de uma possível cheia e água do esgoto na área. “Moro há 50 anos no local e então conheço bem aquilo. Estamos receosos que essa água vá subir de novo”, finalizou.
Apesar dos reltos, a Prefeitura informou que não há casos graves na cidade relacionados à chuva. O secretário da Defesa Civil municipal, Márcio Uberti, aponta que não há nenhuma ocorrência em atendimento desta natureza, apenas situações normais e pontuais corriqueiras do clima.