A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira a segunda fase da Operação Sem Desconto, que combate fraudes no INSS. De acordo com a Corporação, dois mandados judiciais foram cumpridos na cidade de Presidente Prudente, interior de São Paulo. O foco da ofensiva de hoje foi um operador financeiro do esquema.
O suspeito, de identidade não revelada, estaria vinculado a uma das entidades envolvidas nas fraudes. Segundo as investigações, ele é suspeito de ter adquirido veículos de alto valor com recursos provenientes das fraudes praticadas contra beneficiários do INSS.
Os mandados judiciais foram autorizados pela 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal.
A operação, que conta com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), já identificou que a maior parte dos descontos foi feita sem autorização dos aposentados e pensionistas, gerando prejuízos estimados em bilhões de reais.
A ofensiva gerou as quedas do então presidente do INSS Alessandro Stefanuto e do ministro da Previdência Social Carlos Lupi, responsável por indicar Stefanuto ao cargo.
Como funcionava o esquema
Segundo a investigação, a fraude era realizada por meio de descontos mensais indevidos de aposentados e pensionistas do INSS, como se eles tivessem se tornado membros de associações. No entanto, as vítimas não tinham conhecimento sobre a situação.
A CGU afirmou que a operação teve início a partir da identificação do aumento desses descontos e do crescimento de reclamações dos aposentados. Segundo o ministro da CGU, a ofensiva está apenas no começo e terá novos desdobramentos.
Fonte: COrreio do Povo