A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado de São Leopoldo (DRACO) prendeu na manhã desta quarta-feira (14) o líder responsável pelo tráfico de cocaína na região do Vale dos Sinos. A prisão de Tiririca ocorreu na cidade de Porto Belo, em Santa Catarina após dois meses de investigação.
De acordo com o titular da DRACO, o delegado Ayrton Figueiredo Martins Júnior, Tiririca estava foragido desde março de 2024, quando recebeu o benefício da tornozeleira eletrônica. “O problema é que ele rompeu a tornozeleira assim que saiu, ou seja, ele nunca deveria ter recebido o benefício justamente pela posição de liderança que ocupava no tráfico da região”, ressaltou.
A expectativa agora, segundo o delegado, é que a revisão da pena do traficante seja feita pela justiça. “Ainda teremos várias outras fases, mas essa foi importante porque vai agregar mais pontos à ficha desse criminoso. Nosso objetivo é que ele seja preso novamente, em um regime mais rigoroso, até para que não tenha mais interação com esses indivíduos nas ruas por meio do celular.”
O criminoso já tem mais de sete indiciamentos por tráfico e associação ao tráfico.
Operação Sem Fronteiras
A operação ocorreu às 5 horas e reuniu diversos policiais da DRACO. “Ele estava sendo procurado por diversas unidades policiais e nós tivemos sucesso em achá-lo”, contou o delegado que ressaltou que mesmo à distância, Tiririca continuava controlando o tráfico na região.
Com a prisão, a justiça já autorizou a remoção do traficante ao sistema prisional gaúcho.
As outras fases da operação ocorreram nas cidades de Rio Grande e em Goiania, no Estado de Goiás.
Ligações com ameaças
Durante o programa Tá na Hora, o delegado Ayrton comentou também as ligações que algumas pessoas da região têm recebido. Nessas chamadas, as vítimas são ameaçadas a transferir um determinado valor. Para isso, os criminosos revelam que têm em posse todos os dados da vítima e de sua família, como endereço residencial, local de trabalho, entre outros. A orientação do titular da DRACO para quem receber esses telefonemas é procurar imediatamente uma delegacia. “Hoje em dia qualquer pessoa consegue todos nossos dados pela internet, onde está tudo liberado, inclusive do Presidente da República. Os criminosos usam essas estratégias justamente para conseguir dinheiro para pagar advogado ou até mesmo a fuga para outro Estado”, explicou.