O Berlinda News Entrevista recebeu nesta segunda-feira (05) o vereador e líder do governo, Daniel Daudt Schaefer (PL) que falou sobre o andamento da discussão em relação ao barco-escola Peixe Dourado.
Na última semana, a Câmara de Vereadores promoveu a primeira audiência pública, já que existem inconsistências no projeto realizado no governo passado (PT) e segundo Daudt, é provável que nesta terça-feira (06) seja anunciada a CPI. Uma nova audiência pública, porém, já é certa e deve ocorrer em 30 dias para discutir principalmente o aditivo para compra de alumínio que foi usado na construção.
Para o vereador, o projeto do catamarã para educação ambiental, assim como foi feito com o Martim Pescador, é uma boa ideia. O problema porém estaria na forma como todo o processo foi feito. “Acho que a concepção é excepcional. Agora esse contrato tem rolo. Não sei o que foi feito com esse valor, mas é rolo. Contratar quatro marinheiros em junho para um barco que chegou em dezembro? Os quatro marinheiros são exigidos pela marinha, mas chegaram seis meses antes”, ressaltou ele que completou: “Eu acho um passeio turístico muito bonito, mas o barco-escola Peixe Dourado é uma cortina de fumaça. Foi mal concebido, mal projetado e temos o interesse de fazer ele andar, mas depois de tudo resolvido.”
Daudt tratou o barco como “elefante branco” e acredita que é possível atingir o objetivo como escola e transporte turístico. “Acho que buscar parceria é muito importante, o interesse não é ter um elefante branco.”
Já em relação à estrutura do catamarã, o líder do governo Heliomar Franco não entende como a embarcação foi projetada com as mesmas medidas do Matim Pescador. “O Martim Pescador chegou em 2000. Estamos falando de 25 anos atrás. O rio é o mesmo? Como projetam um barco novo com as mesmas medidas? Para o Peixe Dourado navegar, o rio precisa estar com 2 metros, mas 70% do ano o rio não alcança essa profundidade.”
Barco-escola Peixe Dourado e seus números
O barco-escola Peixe Dourado foi construído pela Indústria Naval Catarinense Ltda., da cidade de Navegantes, em Santa Catarina. A embarcação tem 18 metros de comprimento, 7 metros de largura e 4,5 metros de altura e teve um custo inicial de R$ 5,1 milhões, financiados com recursos do município e do Fundo Municipal de Meio Ambiente (Fundema).
A capacidade do barco é de 66 pessoas e foi projetado como uma sala de aula flutuante para ser usado para educação socioambiental, pesquisa, ecoturismo, controle e fiscalização ambiental.