O ex-presidente Jair Bolsonaro foi denunciado criminalmente nesta terça-feira (18) pela Procuradoria-Geral da República (PGR), acusado de ter liderado um suposto plano de golpe de Estado após ter perdido a eleição de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Agora, a Primeira Turma do Superior Tribunal Federal (STF), formada por cinco membros da corte, vai analisar se aceita a denúncia e abre um processo contra o ex-presidente — mas não há um prazo para essa decisão.
Integram essa Turma os ministros Alexandre de Moraes (relator do caso), Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino.
A PGR pede que Bolsonaro responda pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
MAIS 33 PESSOAS
Outras 33 pessoas foram denunciadas com ele, incluindo seu ex-ministro da Casa Civil, general Braga Netto, que concorreu a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022.
O que diz Bolsonaro; ele pode ser preso?
Bolsonaro nega que tenha planejado um golpe de Estado.
Em manifestação enviada à imprensa, o ex-presidente disse que “jamais compactuou” com qualquer movimento que visasse um golpe de Estado e que a acusação não apresenta nenhuma mensagem enviada que o incrimine.
A defesa de Bolsonaro disse ainda que a denúncia é “inepta” e contraditória e baseada apenas na delação de Mauro Cid, seu ex-braço direito. “[Trata-se de] um delator que questiona a sua própria voluntariedade. Não por acaso ele mudou sua versão por inúmeras vezes para construir uma narrativa fantasiosa”, diz a nota.
O texto diz ainda que o ex-presidente “confia na Justiça e, portanto, acredita que essa denúncia não prevalecerá.”