Do punk rock ao garage, passando por onde quer que dê vontade, a Grogue existe há mais de uma década na fria e desgraçada cidade industrial de Caxias do Sul. São mais de 50 sons autorais lançados no seu bandcamp, divididos entre álbuns de estúdio, ao vivo´s e EP´S e parcerias com nomes renomados do underground brasileiro como João Kombi (TEST e Are You God?); Daniel Villaverde (Ornitorrincos) ; Chico Felix (Vida Ruim) ; Rael Brian (Decurso Drama) ; Nuno de Brusque ; Marco Nalesso, que assina o último disco da Grogue intitulado ‘’Nalesso Grogue’’, um álbum conjunto entre 2 bandas com 10 faixas intercaladas entre ambos.
A banda que já ultrapassou a marca de 400 shows entre os estados brasileiros do RS,SC,PR,SP,MG,RJ também já realizou turnês na Argentina, Uruguay, Paraguay e Chile no decorrer de sua carreira.
Com formação repaginada, de duo à power trio, a Grogue já teve diversas alcunhas (como Os Dutrinhas, Duo de Dois e Jessica Worms) e hoje finalmente parou de mudar de nome.
Formada por Greg Grogue na guitarra e vocais, Sam Santo no baixo e Juliano ‘’M.A.D’’ Lampert na bateria, a Grogue une o melhor do garage rock com música de boteco em uma celebração da mais pura diversão rockeira.
ENTREVISTA
Cidade: A Grogue é uma banda que está e sempre esteve fora da moda?
Tocamos e compomos nossos sons do jeito que soa legal pra nós e eras isso, o resto é resto. A Grogue não acredita que exista alguma ”cena” musical artística bla bla bla a única coisa que existe é o tempo espaço que devagarzinho nos consome todo dia até o dia da nossa morte amém, então porque ficar se preocupando com rótulos e termos? A Grogue é Grogue e o resto que se exploda.
Cidade: O undeground é ingrato demais?
Que desgraça ter uma banda e sofrer na pele a relação amor e ódio perante o falido e fracassado underground, cheio de bandas maravilhosas que nunca vão ser ouvidas por mais do que um punhado de sofridos seres humanos que por vontade própria escolheram este caminho de bares vazios, fedorentos e cheio de pulgas. O underground luta pra não morrer em um leito de CTI e de certa forma é legal fazer parte disso, ou não?
Cidade: Ter uma banda é se desligar completamente de tudo, absolutamente tudo que envolve a vida de um ser social?
É quase como que sair do corpo e esquecer que você vive seus problemas diários, quando você ta ali tocando algo por puro prazer sem absolutamente nenhuma outra motivação a nao ser o prazer próprio, naqueles breves momentos de som que você se propõe a tocar. Ter banda é massa pra caralho, se você toca músicas próprias é claro (banda cover é a tristeza de Deus perante seus filhos, nesse momento ele entende que errou com a própria prole).
Neste sábado às 22 horas a Grogue toca no CaosPoa em Porto Alegre (João Alfredo 701). Sapo Boi e Viana Moog também estarão no palco. Amanhã, domingo, no Afronte em São Leopoldo (São Caetano 173), às 16 horas, mais música.