O que foi anunciado como novo prédio da Secretaria Municipal de Segurança de São Leopoldo (Semusp) já nem pode ser chamado nem de novo e nem de prédio. É um terreno com estacas/pilastras que seriam a base de uma construção de cinco a sete andares ao lado da rodoviária de São Leopoldo. Seria a sede da Secretaria Municipal de Segurança (Semusp) projeto de 2022 orçado em cerca de R$ 10 milhões. As obras começaram em janeiro de 2023, mas problemas técnicos estruturais teriam interrompido os trabalhos de acordo com a titular da Semusp na época, Giselda Matheus.
Literalmente o que seria o início de uma obra pública se transformou num problema. A reportagem da Berlinda fez contato com o ex-prefeito Vanazzi e assessoria do atual Heliomar Franco, ainda pela manhã e ainda não tivemos retorno.
A conclusão dos trabalhos estava marcada para julho de 2024, mas ainda conforme Giselda, os funcionários da empresa que venceu a licitação teriam entrado em greve por falta de pagamento. A empresa teriam recebido apenas R$ 310 mil por ter realizado menos de 10% das obras. O processo administrativo acabou indo parar na Diretoria de Edificações e Projetos da Prefeitura (Depro) e também na Procuradoria-Geral do Município (PGM). O contrato também seria rescindido e nova licitação seria aberta para escolher uma nova construtora.
Investimento
Da verba de R$ 10 milhões, R$ 7 milhões tiveram como origem o Badesul Desenvolvimento – agência de fomento vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado – e o restante vieram dos cofres públicos municipais.
Linha do Tempo
- Julho de 2021 – projeto apresentado para a Câmara de Vereadores
- Agosto de 2021 – projeto apresentado ao Conselho Popular de Segurança Urbana (Consegur)
- Agosto de 2022 – contrato de R$ 7 milhões assinado com o Badesul
- Janeiro de 2023 – começam as obras
- Abril de 2023 – paralisação das obras
- janeiro de 2024 – então secretária da Semusp visita canteiro de obras
Nova e velha construção
O projeto da nova sede tem cinco andares e ocuparia uma área de 2.426,12 metros quadrados. O objetivo seria abrigar a parte administrativa da Semusp, a Guarda Civil Municipal (GCM) e a Defesa Civil que atualmente estão em um prédio na região central da cidade onde são gastos mensalmente cerca de R$ 35 mil com aluguel. Sem falar que é um local impróprio para qualquer ocupação já que não existem saídas de ar.