O programa Berlinda News Entrevista recebeu nesta sexta-feira (11) o vereador Maurinho Fiuza (PL) que está substituindo temporariamente o vereador Alexandre Silva, também do PL. Ele fica no cargo até o dia 22 e hoje falou sobre sua trajetória na política e como essa passagem pelo legislativo se encaixa na sua história no PL.
“Minha veia é anti petismo, é anti esquerda, mas a medida que fomos crescendo fomos tendo mais responsabilidade para fazer a oposição. Tivemos 16 anos de PT no governo e quatro anos de governo Moa para saber o que não fazer”, afirmou o 1º suplente do PL que estava como adjunto na Semurb, de onde foi exonerado para poder assumir na Câmara de Vereadores, a princípio, por 12 dias. “Mas tudo é possível”, referindo-se ao retorno para a Semurb ou permanecer no plenário.
Fiuza assumiu na sessão de ontem, dia de votação de projetos e sua fala foi de agradecimento. De perfil polêmico, é provável que na sessão da terça-feira (15), nos seus cinco minutos de tribuna com tema livre, Maurinho adote a linha ideológica com suas defesas ferrenhas das crianças, educação, costumes dentro dos quatro pilares que usa; “Deus, Pátria, Família e Liberdade”.
Lei anti Oruam
Sobre projetos, o primeiro protocolado é a Lei anti Oruam, que proíbe vídeos ou similar nas escolas de músicas que fazem apologia ao crime e também proíbe o uso de recursos públicos para contratar artistas que façam apologia ao crime organizado e ao uso de drogas durante shows. Oruam é o nome artístico do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno. Oruam (Mauro escrito ao contrário) é filho de Marcinho VP, preso por assassinato, formação de quadrilha e tráfico, apontado pelo Ministério Público (MP) como um dos líderes do tráfico de drogas.O rapper tem uma tatuagem em homenagem ao pai e ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. Esse projeto está sendo apresentado em mais cidades do Brasil.
Exame toxicológico
” A obrigatoriedade do exame toxicológico uma vez por ano será por indicação ao prefeito Heliomar Franco (PL) direcionada para os servidores, cargos eletivos. Seja secretário, vereador ou outra função que precisa de uma conduta ilibada porque está representando e trabalhando para toda a população da cidade”, explica Fiuza.
Pela população
Sobre seu futuro, Maurinho Fiuza diz que independente do cargo, se na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semurb) ou na Câmara de Vereadores, o objetivo e o foco são os mesmos. “meu discurso sempre foi trabalhar pela população e é isso que continuo fazendo.”
Com secretário adjunto da Semurb, ele destacou que a limpeza da cidade deve ser um cuidado de todos e uma representatividade do amor por São Leopoldo. “Montamos uma equipe bacana na Semurb e a gente veio para trabalhar forte mesmo. Montamos uma programação de limpeza que começa na Avenida Unisinos e segue pela cidade. Não é só na época de campanha que isso deve ser feito. É preciso ter mais carinho e mais amor pela cidade, até porque depois da enchente a população ainda está muito machucada”, ressaltou ele que destacou que a Semurb vem trabalhando para criar um ecoponto no bairro Vicentina.
Oposição e polaridade
Já em relação à polaridade, o vereador acredita que a cultura gaúcha acaba influenciando nessa divisão extrema entre pensamentos políticos no Estado. “Aqui no Rio Grande do Sul sempre fomos ensinados a ter duas opções e a esquerda sempre soube trabalhar bem isso. Ou você é preto ou branco, ou é pobre ou é rico. Somos todos gaúchos, a polarização não precisa existir.”
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