Regionais do PT pedem uma estrutura federal para gerir os recursos do sistema de proteção às cheias

1 de abril de 2025 - 12:54

Para que a tragédia de maio de 2024 e principalmente o cenário atual da crise climática não sejam esquecidos  ou minimizadas pelas autoridades responsáveis as regionais dos Vales do Sinos e dos Sapateiros do PT decidiram pela criação de um fórum de entidades regionais  e uma  carta pública à Casa Civil do governo Lula, ressaltando que o modelo atual não atende às reais necessidades da população. O documento cobrará a criação de uma estrutura federal capaz de gerir os recursos, avaliar projetos e garantir a execução das obras de contenção para prevenir novas cheias, envolvendo o Estado, municípios e sociedade organizada.

Os encaminhamentos foram definidos ontem (31) no seminário regional sobre mudanças climáticas, sistemas de proteção, novos desafios e o direito à moradia, realizado na Câmara de Vereadores de São Leopoldo com a presença de lideranças políticas, comunidade e a academia representada pelo professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS, Fernando Dorneles, que apresentou um painel sobre a modelagem dos eventos climáticos e enfatizou a importância de registrar cada fenômeno para aprimorar a prevenção. O professor também alertou para a tendência histórica de a população esquecer rapidamente os desastres após sua ocorrência.

O ex-prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, manifestou preocupação com a destinação dos R$ 6,5 bilhões do Governo Federal para o Fundo da Reconstrução do RS. “É inadmissível! Estão gastando esse dinheiro sem nenhum critério, pagando despesas rotineiras das prefeituras, querendo comprar avião… e não se vê uma articulação, uma organização real para as obras de contenção das novas cheias. o Governo Lula já destinou mais de 6 bilhões, e teria mais de 1,8 bilhão aqui para São Leopoldo, até agora nada!”, criticou.

O deputado federal Dionilson Marcon (PT-RS) também denunciou a lentidão nos processos. “Infelizmente, as obras não vão acontecer antes de cinco ou seis anos! A burocracia do Estado e a falta de vontade política impedem que essas ações avancem com a urgência necessária”, lamentou. Nelson Spolaor, Tita Nunes, Viviane Feijó (presidente do Comitesinos) e a vice-presidente do PT estadual, Ana Affonso,  também abordaram a necessidade de agilizar medidas preventivas.

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