No decorrer de 2024, a Taurus atingiu as metas para o ano, reduziu os estoques de produtos nos distribuidores, o Centro Integrado de Tecnologia e Engenharia Brasil/Estados Unidos – CITE segue como uma força essencial na Companhia, continua investindo fortemente em pesquisa & desenvolvimento, inclusive mantendo as parcerias com universidades, colocou no mercado 16 novos produtos nos EUA e 14 no Brasil, incluindo modelos com o calibre exclusivo .38 TPC, além de realizar o importante lançamento da pistola GX2, vendida para os distribuidores em dezembro de modo a estar disponível simultaneamente para os consumidores brasileiros e norte-americanos a partir do dia 2 de janeiro de 2025.
Entre as realizações de 2024, destaque para o início da operação da JV na Índia, contribuindo de forma positiva para os números da Companhia. Foi também em 2024 que a unidade da JD Taurus iniciou suas vendas no mercado civil e por meio de participação em licitações locais. O mercado civil indiano tem grande potencial, considerando que o país é o mais populoso do mundo, com 1,4 bilhão de habitantes, conta com uma classe média crescente e o mercado consumidor que mais cresce em termos internacionais.
A perspectiva para 2025 é de um ano com leve crescimento frente ao verificado em 2024. No mercado norte-americano, a expectativa é que a demanda apresente tendência moderada de alta, inclusive considerando o governo que tomou posse em janeiro, com posição a favor do direito de o cidadão possuir e adquirir armas de uso pessoal e que tem como base de sua proposta de governo a adoção de política desenvolvimentista, visando o crescimento do nível de atividade econômica.
A Taurus tem uma estrutura completa e realinhada na área comercial nos EUA, contando atualmente, além dos distribuidores, também com a venda direta para as grandes redes de lojas do setor, para os “condomínios de compra”, formados por grupos de lojas menores que se juntam para comprar diretamente da Taurus, e pelos representantes comerciais. O ano começou com o nível de estoques baixo na cadeia de vendas, o que deve impulsionar os pedidos por parte dos principais clientes. Além disso, os lançamentos, como a GX2, GX4 e o 22TUC, continuam a gerar entusiasmo do consumidor em relação à marca Taurus nos EUA.
No Brasil, não há indicações de significativa mudança de cenário no mercado, que deve apresentar ligeira alta da demanda em 2025, levando em conta, inclusive, o alto patamar das taxas de juros e a inflação prevista para o ano, acima da registrada em 2024. Uma possibilidade que se abre é a retomada da demanda de armas de uso restrito por parte das pessoas autorizadas, conforme regulamentado pela portaria publicada em 29/11/2024.
DESEMPENHO OPERACIONAL
Esse resultado operacional do 4º trimestre de 2024, com margem bruta de 36,2% e margem Ebitda ajustado de 19,7%, manteve a Taurus na liderança em termos de rentabilidade operacional frente às empresas do setor que divulgam seus resultados por serem, também, empresas de capital aberto. No mesmo período, a Ruger teve margem bruta de 22,8% e margem Ebitda de 11,7%, enquanto a S&W apresentou no último trimestre divulgado, de novembro/2024 a janeiro/2025, margem bruta de 24,1% e margem Ebitda de 11,5%. Isso vem se repetindo e tende a se manter no futuro, devido a uma estrutura operacional moderna e eficiente, com custos diferenciados.
No acumulado do ano, a Taurus reduziu o custo e as despesas operacionais, o que proporcionou maior diluição das despesas em relação à receita, mesmo com a inflação e a alta do dólar frente ao real em 2024, que impacta os custos e despesas na unidade norte-americana. Também no comparativo do acumulado de 12 meses, segue com a maior rentabilidade operacional em relação a seus pares estrangeiros, apresentando margem bruta de 34,8% (Ruger com 21,4% e S&W com 21,4%) e margem Ebitda ajustado de 15,0% (Ruger com 10,3% e S&W com 11,5%).
Ao mesmo tempo, encerrou o ano com reservas de lucros da ordem de R$ 536,7 milhões e retornou aos acionistas em 2024 R$ 42,7 milhões representados pelo pagamento de R$ 38,3 milhões de dividendos e R$ 4,4 milhões utilizados na recompra de 319 mil ações preferenciais. “Estamos atentos para as oportunidades e os desafios em 2025. Contamos com a solidez operacional e financeira da Taurus e com nossa estratégia, que nos permite avançar com consistência, eficiência e resiliência”, afirma Salesio Nuhs, CEO Global da Taurus.