O programa Berlinda News desta quarta-feira (12) recebeu a direção do Sindicato Municipal dos Professores de São Leopoldo (Ceprol), Cristiane Mainardi, Rosi Peters e Felipe Diego que falaram sobre a definição da data da assembleia geral. Será dia 20 deste mês, às 18 horas, no Colégio São Luiz, quando serão discutidas as pautas econômica e as específicas.
Apesar da específicas, que são as pautas gerais serem importantes, a principal é a econômica, pois discute qual será o índice do reajuste salarial da categoria.
“Como sempre aconteceu, primeiro tem a abertura do ano letivo que é quando fazemos o planejamento da nossa diretoria, onde a gente reúne o jurídico, o Dieese e o conselho político para estudarmos as questões econômicas do município. A equipe do Dieese nos explica tudo, fazemos conjuntura mundial, nacional, municipal, para definir nossas pautas de reivindicações. Depois disso, levamos para o conselho político municipal que também apresenta outras pautas e nesse caso, concordou com o índice. Em seguida vai para as escolas, que também discutem se concordam ou não. E isso ocorre de 5 a 17 março. Dia 18 ocorrerá o segundo conselho político sindical que nós vamos fechar essa pauta coletiva que levaremos para assembleia geral no dia 20 de março e é ali que vamos aprovar nossas pautas de reivindicações que irão para o governo”, explicou detalhadamente Cristiane.
Segundo Rosi, o estudo do índice é feito de maneira cirúrgica. “É realizado bem profundamente, levando em conta as perdas que a gente teve, as condições do município, os limites que o município tem. Qual a capacidade do município de pagar um índice mais alto, por exemplo.”
Conforme a direção, a economia do município está muito bem, tanto que tem uma margem de 36% de limite da responsabilidade fiscal.
Piso salarial
Conforme Felipe, o piso salarial da categoria é uma luta histórica. “Nossa categoria, em relação a outras profissões, é a que menos ganha, porque nós temos formação superior, especialização, mestrado e caminhamos para doutorado. Ou seja, quem é mestre em educação ganha R$ 2.000,00.”
“É uma lei federal que agora nós garantimos ela em São Leopoldo no nosso plano de carreira. O piso obteve uma defasagem ao longo dos anos que nós não recebemos o reajuste. Já esteve dentro do piso, mas agora ele está abaixo, porque tivemos um período a partir de 2019 que nós não fizemos campanha salarial e não recebemos o reajuste. Então isto nos causa prejuízo uma redução salarial significativa. Então hoje, nosso salário básico é R$ 2.392,00 para 20 horas. Se tivéssemos recebido o reajuste do piso nós estaríamos ganhando R$ 1.ooo,00 a mais. Aqui está 1,7% abaixo do piso. Estamos pedindo para que seja pago ou vamos judicializar”, alertou Cristiane.
Além do piso salarial, também compõem o índice a inflação e uma equiparação do piso de perdas históricas.
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