Pela terceira vez, a equipe de reportagem do Berlinda News esteve na Escola Estadual Emílio Sander, localizada no bairro Arroio da Manteiga, para verificar a situação da rede elétrica que impede o funcionamento dos ar condicionados já existentes e a instalação de novos aparelhos.
Na manhã desta quinta-feira (06), o jornalista Juliano Palinha entrou ao vivo direto da escola para o programa Tá na Hora atualizando a situação. No dia 26 de novembro de 2024 ele esteve na escola para cobrir um princípio de incêndio em uma caixa de luz que deixou os mais de mil alunos sem aula. Já em 13 de dezembro, ele retornou junto com o diretor geral adjunto da Secretaria Estadual de Obras Públicas, Ari Borges que verificou a rede elétrica. Na época, Portela como é mais conhecido, ressaltou que o trabalho feito foi apenas para que a escola pudesse encerrar o ano letivo. “Isso foi um paliativo. A próxima etapa é a equipe fazer o levantamento do que é necessário para a instalação de ar condicionado nas cinco salas de aula que ainda não têm porque a rede elétrica não suporta”, explicou.
Meses depois a situação permanece a mesma no prédio escolar e com a piora em função das ondas de calor que o Rio Grande do Sul vem enfrentando. De acordo com a diretora Hildeburg Buhler, a escola recebeu R$ 128 mil para a reforma de cinco salas, mas o valor teria dado somente para duas. “Temos duas salas com ar, mas não podemos ligar porque a rede elétrica não suporta. Recebemos este recurso financeiro do Estado para usar em cinco salas, mas só deu para duas, sendo que ao todo temos 16 salas de aula”, afirmou ela que ressaltou a visita de duas pessoas da Secretaria Estadual de Obras Públicas que teriam prometido ar condicionado em todas as salas ainda este ano. “Só não deram uma data. Espero que não seja para o final do ano.”
Horas escolares reduzidas
Em função do calor extremo, a diretoria junto com os pais da Comissão de Pais e Mães (CPM) decidiram realizar mudanças nos horários das aulas. O turno da tarde, por exemplo, foi suspenso por tempo indeterminado e os estudantes do turno da manhã provavelmente passarão a ir mais cedo para casa. “Tomamos esta decisão porque o calor à tarde é insuportável. É o quadro da dor como os próprios os alunos dizem. E estamos pensando em liberar mais cedo também os alunos da manhã para não pegarem o sol do meio-dia ao retornarem para casa”, explicou Hildeburg.
Para Jéssica, mãe de uma aluna do 7º ano, é complicado ver toda esta situação. “É triste você mandar sua filha para a escola e ela chega em casa coberta de suor. A gente não ta pedindo nada de mais.”
Para compensar os alunos, a diretoria tem usado a criatividade. Nesta quinta, por exemplo, os estudantes terão uma refeição especial: frango assado, arroz e batata. “Para gurizada ter uma comida boa pelo menos, já que não podem ter um ar condicionado para estudar”, ressaltou Hildeburg.
O Berlinda News entrou em contato com a Secretaria Estadual de Obras e aguarda o retorno.
