Operação Fictus Puella1 (latim: “Garota Falsa”): Draco de São Leopoldo participa da operação e realiza prisões

27 de fevereiro de 2025 - 06:47
Por Juliano Palinha

Agentes da Delegacia de Polícia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) São Leopoldo, chefiada pelo delegado Ayrton Figueiredo Martins Júnior, estão nas ruas cumprindo sete mandados de busca e apreensão e oito de prisão temporária relativo a Operação Fictus Puella1 (latim: “Garota Falsa”), que visa desarticular uma organização criminosa especializada em extorsões digitais, conhecidas como “sextorsão”, com resultado morte e envolvimento em lavagem de dinheiro.

A operação conta com polícias civis de São Leopoldo e outros município, agentes de São Paulo e Santa Catarina. Ainda há apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Conforme o delegado Ayrton, todas as prisões foram efetuadas. As prisões foram em Montenegro, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapiranga, Taquara e dois em Sapucaia do Sul.

A operação faz parte de um esforço conjunto coordenado pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI/SENASP/MJSP), por meio do Laboratório de Operações Cibernéticas – CIBERLAB, e contou com uma atuação integrada das Polícia Civis de São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As investigações foram conduzidas de forma articulada entre os estados, permitindo a identificação dos suspeitos e suas conexões interestaduais.

As investigações iniciadas pela Polícia Civil de São Paulo apontam que a organização criminosa operava por meio de plataformas de mensageria e redes sociais, onde criavam perfis falsos de mulheres atraentes para atrair as vítimas, obter imagens íntimas e, posteriormente, iniciar a extorsão. Os criminosos se passavam por policiais e advogados para intimidar as vítimas, exigindo transferências bancárias sob ameaça de exposição pública e falsa incriminação. No caso sob investigação, a extorsão resultou no suicídio da vítima.

Este caso que originou a investigação ocorreu em Cruzeiro/SP, onde um vigilante bancário, vítima do esquema criminoso, tirou a própria vida dentro da agência em que trabalhava, após sofrer intensa pressão psicológica dos criminosos. A vítima, um homem de 52 anos, havia sido enganada por um perfil falso e posteriormente extorquida por supostos agentes da lei, que exigiram valores em troca de não divulgarem o conteúdo íntimo. Minutos antes de cometer suicídio, ele realizou uma transferência bancária para os criminosos, evidenciando o impacto devastador desse tipo de crime.

Os valores obtidos ilicitamente foram distribuídos entre integrantes do grupo e ocultados por meio de lavagem de dinheiro, dificultando o rastreamento das transações financeiras.

A ação ocorre em Sapucaia do Sul, Novo Hamburgo, Taquara, Criciúma, Itajaí, Joinville, Campinas e São José dos Campos em São Paulo.

Computadores, celulares e outros dispositivos eletrônicos foram apreendidos para análise pericial.

Os investigados responderão pelos crimes de extorsão qualificada pelo resultado morte (art. 158, § 2º, do Código Penal), associação criminosa (art. 288, CP) e lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/98), cujas penas podem ultrapassar 20 anos de reclusão.

DENÚNCIAS – Whatsapp +55 51 8585 6118

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