O homem suspeito de ter arrastado uma égua na rua asfaltada Dilceo Elias de Moura, Arroio da Manteiga, em São Leopoldo, ontem (24) com temperatura de mais de 36 graus, não será preso por conta da lei branda, ou seja, ele (suspeito) é o tutor do animal que não morreu. As imagens do ferimento pelo corpo da égua são chocantes tanto aquele ferimento provocado pelo asfalto, como de uma pata que já estava ferida há mais tempo. O animal está no Hospital Veterinário de Cachorrinha, para onde foi levado após ser socorrido pelo secretário de Proteção Animal (Sempa). O estado da égua, segundo o delegado, é estável.
Conforme o delegado André Serrão, se o animal tivesse morrido a pena poderá ser de até um ano e quatro meses de prisão. A pena é muito branda, mas o que compete a Polícia Civil foi feito como a apreensão do veículo. “Atuamos muito desde o primeiro momento e queria te parabenizar Palinha pelo trabalho. As imagens feitas por ti da Berlinda, ajudaram muito na tramitação do processo”, disse o delegado acrescentando que o suspeito se mostrou muito arrependido e não teria visto que o animal caiu. ” Ele disse que é criador de cavalos e por conta da enchente precisou levar os animais para o local de onde teria buscando ontem, que levou uma fita e não viu o animal caído. Ele será indiciado por maus tratos e perde a guarda do animal “.
Debate sobre a lei
” A Sempa fez todo o atendimento, nós da Polícia fizemos a apreensão do veículo, da fita usada e ouvimos o suspeito, mas fica aqui uma reflexão para a sociedade sobre a necessidade de rever a lei. Nesse caso, por exemplo, não houve o flagrante, mas as imagens feitas pela Berlinda são chocantes “.
Entenda o caso
Ontem (24), coordenador da Secretaria Municipal de Proteção Animal (Sempa), Luciano Arruda, se deslocava pela rua na Dilceo Elias de Moura, antiga Estrada do Socorre no Arroio da Manteiga, quando se deparou com um animal preso num Ford Scort pelo asfalto com temperatura de mais de 36 graus. Com a intervenção de Luciano o motorista parou mas não ficou no local.
O secretário da Sempa, veterinário Cláudio Giacomini, aplicou analgésico para minimizar a dor e após higienização passou pomada nos ferimentos em várias partes do corpo do cavalo que foi levado para o Hospital Veterinário de Cachoeirinha.