Na manhã desta quarta-feira (15), o programa Berlinda News recebeu Cris Mainardi, presidente do Ceprol. Durante a conversa, Mainardi abordou questões salariais, desafios da inclusão escolar e a recente lei que proíbe o uso de celulares nas escolas, além de defender o diálogo como base para a gestão educacional.
Reposição salarial e data-base
Mainardi destacou que a categoria enfrenta dificuldades para acompanhar a lei do piso salarial. “Verificamos que estamos um pouco abaixo do piso. A data-base é em abril, e, normalmente, passamos os três primeiros meses do ano recebendo abaixo do valor estipulado, já que a lei entra em vigor no dia 1º de janeiro. Queremos garantir essa reposição”, afirmou.
Ela também mencionou que o sindicato busca judicialmente o pagamento retroativo referente ao ano passado. “Se não recebermos este ano, vamos buscar na Justiça novamente.”
Inclusão escolar e condições de trabalho
Um dos pontos centrais da entrevista foi a inclusão nas escolas, uma pauta que, segundo a presidente, merece maior atenção. “A inclusão precisa ser olhada com cuidado. Está chegando a um ponto em que afeta as condições de trabalho dos professores”, alertou.
Mainardi destacou que já houve uma reunião com o secretário municipal de Educação, Jeferson Falcão, onde discutiram temas como a realização de um concurso público e as demandas de inclusão. “Foi uma boa conversa, e sabemos que o secretário tem afinidade com essa pauta, o que nos traz esperança de avanços.”
Infraestrutura e vagas na educação infantil
A presidente do Ceprol também criticou a falta de investimentos na construção de novas escolas de educação infantil. “Temos 10 escolas há muitos anos, mas nenhuma nova foi construída recentemente. Com isso, o município precisa comprar vagas em escolas privadas para atender à demanda.”
Lei que proíbe celulares nas escolas
Sobre a recente sanção da lei que proíbe o uso de celulares em escolas pelo presidente Lula, Mainardi avaliou que o tema é polêmico. “Eu tenho uma posição pessoal, mas não posso falar em nome do sindicato, pois ainda não debatemos o assunto com a categoria”, disse.
No entanto, ela enfatizou que o Ceprol defende a gestão democrática e o diálogo com as equipes diretivas das escolas. “Cada escola tem suas especificidades. Nossa recomendação para a Secretaria da Educação é que procurem ouvir as equipes diretivas para entender como proceder.”
Pagamentos em dia e diálogo com a gestão
Mainardi também afirmou que os pagamentos estão regularizados e reforçou a importância do diálogo com a gestão pública. “Estamos sempre abertos ao debate e à busca por soluções que fortaleçam a educação e valorizem os profissionais.”