Embora os termos “desassoreamento” e “dragagem” sejam frequentemente usados de forma intercambiável, eles se referem a conceitos distintos se tratando do trabalho que precisa ser feito no trecho do Rio dos Sinos em São Leopoldo.
É o que explica a secretária do meio ambiente de São Leopoldo, Cláudia Costa, e o diretor de licenciamento ambiental da Semmam, engenheiro Fabiano De Mari. “O que o Estado autorizou os municípios atingidos pela enchente de maio é fazer o desassoreamento nas partes críticas. Onde ficou muito material acumulado da enchente. O Estado nos liberou de pedir licença para Fepam, pois iria demorar, mas precisamos fazer o estudo certinho e o projeto. E estamos trabalhando nisso”, explica a secretaria.
Cláudia e Fabiano explicam que a Gama Mineradora, do proprietário Adriano Linck, até pode executar o trabalho, pois ela tem as três licenças necessárias para fazer o serviço (Terminal, Jazida e Embarcação), mas a operação será de responsabilidade da prefeitura sem fins lucrativos para empresa. “Ela tem a licença, ela vive da comercialização das areias, mas daqueles trechos licenciados, no caso da prefeitura será feito um contrato separado e não é venda, porque não pode. O desassoreamento que será feito pelo município vamos contratar a draga, a prestação do serviço, pois a areia não será vendida, será utilizada para obras públicas”, reforça.
EXPLORAÇÃO
De Mari lembra que o termo exploração mineral já diz tudo, “ter lucro da atividade”. O trabalho desassoreamento é apenas tirar o excedente. “É tirar o que está sedimentável e que compromete o sistema de diques. Então o processo de desassoreamento, diferente da mineração, é tirar somente o que está excedendo ao que eu tinha no projeto. É como uma limpeza para melhorar o escoamento da água”.
Após o projeto realizado e o estudo da área mais crítica a prefeitura irá contratar a empresa que irá executar o serviço.
APENAS 1,2 QUILÔMETROS
A Gama Mineradora está autorizada a fazer a dragagem apenas de 1,2 quilômetros, da ponte da BR-116 em direção ao bairro São Miguel. Adriano Linck, em entrevista anteriores disse que estima mais de 200 mil metros cúbicos de sedimentos (areia) no trecho da ponte da BR-116 até a captação do Semae.
DESASSOREAMENTO NA BACIA
Tanto a secretaria como o diretor reconhecem que o ideal era ocorrer o desassoreamento em todas bacia, mas enquanto isso não ocorre por outros município, São Leopoldo fará sua parte.
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