Os dados apurados pela MetSul Meteorologia mostram que o vento trouxe rajadas de 80 km/h a 100 km/h nas regiões do Vale dos Sinos e Metropolitana. A estação meteorológica do Aeroporto Salgado Filho registrou em boletim especial às 14h22 rajada de vento de 45 nós ou 83 km/h por efeito da banda externa de nuvens carregadas associada ao vórtice do ciclone.
Nesta segunda-feira, o vento no começo do dia ainda sopra com rajadas esporádicas no Leste e no Nordeste gaúcho, mas no decorrer do dia a força do vento cede bastante e as rajadas cessam. O Litoral Norte e a Serra do Mar ainda devem ter vento em parte da segunda.
Este ciclone é considerado atípico por ser subtropical e, por essa razão, acaba sendo batizado com um nome pela Marinha do Brasil. Biguá é ave marinha na língua tupi e o segundo nome a ser usado na nova lista de nomes de ciclones atípicos da armada brasileira. O primeiro foi Akará para uma tempestade subtropical que se formou na costa do Sudeste do Brasil em fevereiro deste ano. A regra é que os ciclones (centros de baixa pressão) não tenham características subtropicais ou tropicais em nossa região. Já os ciclones extratropicais – que não recebem nomes – são comuns no Atlântico Sul e se formam principalmente das latitudes do Rio Grande do Sul para o Sul.