No sábado à tarde, enquanto prestigiava a partida de futebol do Clube local, ouvi diversas vezes:
-Ô goleiro! Defende essa bola!
E o jogo continuava. A cada lance improvável de defesa, a frase se repetia.
Fiquei pensando, então: o futebol é um esporte de equipe (10 na linha e 1 no gol). Usemos do bom-senso: o time parte para o ataque, passa pelos meio-campistas, e quase “na cara do gol”, a zaga não cumpre seu papel como deveria… E o time perde a bola para o adversário que, sem dó, nem piedade, aumenta o placar. E a frase ecoa:
-Ô goleiro! Defende essa bola!
Não estou aqui para julgar o time A, tampouco o time B. Não tenho pretensões esportivas ou futebolísticas. Aliás, admiro o esporte e respeito muito os atletas.
Porém, fiz uma relação com nossas ações diárias, com o nosso modo de enfrentar a vida e de como nos colocamos diante de algumas situações.
Somos mais falhos do que corretos. A grande dificuldade do ser humano está em reconhecer isso. Para cada erro nosso sempre haverá um culpado, um “goleiro que não soube defender aquele lance”. E como popularmente dizem: “Tiramos o nosso da reta” e o “azar é do goleiro”.
Seja por mecanismo de defesa ou para atacar e/ou ferir o outro em momentos de raiva, esse comportamento deve ser mudado. Assim, teremos uma melhora significativa na qualidade de vida e, sobretudo, em nossas relações pessoais, sociais, profissionais, emocionais e afetivas.
Entendo que para cada ação há uma reação. Entretanto, não custa tentar, não é mesmo?
E para que sejamos vitoriosos nesse jogo chamado de “vida”, deixo algumas dicas para refletirmos sobre essa questão:
1. Assumir nossas responsabilidades;
2. Viver de forma consciente;
3. Valorizar o lado positivo da vida;
4. Conhecer e curar nossas próprias dores;
5. Ser a mudança que desejamos;
6. Praticar o autoperdão;
7. Buscar a evolução constante;
8. Amar a si mesmo;
9. Respeitar as pessoas e suas particularidades;
10. Ser grato todos os dias.
De alma leve e coração agradecido fica muito mais fácil seguirmos a partida! Pense nisso!
Cíntia Maciel – Graduada em Letras, Pós-Graduada em Neuropsicopedagogia, Supervisão Escolar, Docência no Ensino Superior, Atendimento Educacional Especializado, Atendimento Educacional Especializado com Ênfase em Autismo e Gestão de projetos sociais.
Que espetacular texto!
assim é mesmo a vida,semelhante ao futebol, há dribles, pênaltis, faltas, rasteiras, cabeçadas, encontro de corpos para medir forças, chutes descabiveis, etc.. por mais que tentamos, sempre caímos na falha: a grande maioria das vezes a culpa é sempre do outro, difícil assumirmos que a falta de nossa dedicação causou tamanha falha para causar-nos a tal derrota…