Pesquisa da Unisinos detecta metais na bacia do Rio dos Sinos, mas descarta risco imediato para a população

14 de novembro de 2024 - 10:53
Por Larissa Brito

Uma pesquisa recente da Unisinos revelou dados alarmantes sobre a qualidade ambiental da Bacia do Rio dos Sinos após a enchente ocorrida entre abril e maio de 2024. Análises apontaram a presença de metais acima do limite permitido e uma quantidade significativa de bactérias em sedimentos, trazendo preocupações sobre a contaminação em áreas urbanas e periurbanas. A geóloga e pesquisadora Julia Gezzat, em entrevista na manhã desta quinta-feira (14), detalhou os resultados e o processo de coleta.

Nos dias 1 e 2 de julho, equipes da Escola Politécnica, compostas por professores e estudantes, realizaram coletas em diversos pontos ao longo da bacia, abrangendo locais desde Taquara até Canoas. No total, foram obtidas 11 amostras de água superficial e 13 de sedimentos. “A ideia inicial foi verificar se havia algo fora do comum após a enchente, pensando em segurança”, explicou Julia. Segundo ela, os pontos de coleta foram escolhidos com base em acessibilidade, facilitando a obtenção de amostras de lama.

Apesar dos resultados, Julia tranquiliza a população, afirmando que a situação não representa uma crise imediata. “Não é um cenário dramático. Esses elementos já ocorrem naturalmente no ambiente e, mesmo que em teores elevados, não implicam toxicidade da água, pois o rio está em constante movimento, enquanto o solo retém esses sedimentos”, esclareceu.

A continuidade da pesquisa prevê coletas semestrais, com o objetivo de oferecer dados que orientem ações do poder público. “Nosso trabalho é informar a população e subsidiar decisões governamentais, mas a implementação de medidas efetivas depende da atuação conjunta com o poder público”, destacou Julia.

Confira a entrevista completa:

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