Quatro mortos e quatro em estado grave: o que se sabe até o momento sobre a tragédia em Novo Hamburgo

23 de outubro de 2024 - 11:50
Por Larissa Brito/Sônia Bettinelli/Juliano Palinha
A tragédia que abalou Novo Hamburgo na noite desta terça-feira (22) segue gerando desdobramentos. Até o momento, quatro pessoas morreram e outras quatro estão em estado grave após Edson Fernando Crippa, de 45 anos, atacar sua família e policiais. A polícia confirmou que o atirador foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (23) dentro de sua residência, após uma noite de tentativas fracassadas de negociação.

Entre as vítimas fatais estão o pai de Edson, Eugênio Crippa, de 74 anos, seu irmão, Everton Luciano Crippa, de 49 anos, e o policial militar Everton Kirsch Júnior, de 31 anos. Todos foram mortos a tiros.

Outras quatro pessoas seguem em estado grave. A mãe do atirador, Cléris Crippa, e sua cunhada passaram por cirurgia e estão internadas na UTI. Os policiais militares Rodrigo Weber Volz, de 31 anos, e João Paulo Farias, de 26, também permanecem em cirurgia nesta manhã.

Como o ataque aconteceu

Por volta das 23h30 de terça-feira, a Brigada Militar foi acionada para atender uma denúncia de maus-tratos aos idosos na casa da família Crippa, localizada na Rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco. Ao chegar ao local, os policiais foram recebidos a tiros por Edson, que estava armado e havia matado seu pai e irmão. A polícia tentou negociar com o atirador durante toda a madrugada, mas cada tentativa de contato foi respondida com novos disparos.

Na manhã desta quarta-feira, as autoridades entraram na casa e encontraram Edson Crippa morto. Segundo informações da Brigada Militar, ele possuía quatro armas registradas em seu nome, entre elas uma pistola Taurus PT111G2 calibre 9mm, um rifle calibre 22, uma espingarda calibre 12 e uma pistola .380.

Outras vítimas do Ataque

Além das vítimas fatais e as que estão em estado grave, outras pessoas foram feridas no confronto.

  • Volmir de Souza, guarda municipal,  54 anos, foi atingido por três tiros e esta estabilizado.
  • Eduardo de Brida Geiger, policial militar, 32 anos, ferido no tornozelo, está clinicamente estável.
  • Joseane Muller,  policial militar, 38 anos, foi atingida no ombro e está estável.
  • Leonardo Valadão Alves, policial militar, 26 anos, recebeu alta após ser atingido de raspão no supercílio.

As Armas do Atirador

Segundo informações da Brigada Militar, Edson Crippa possuía quatro armas registradas em seu nome. Entre elas estavam:

  • Uma pistola calibre 9mm
  • Um rifle calibre .22
  • Uma espingarda calibre 12
  • Uma pistola calibre .380

A polícia investiga como o acesso a essas armas pode ter facilitado a tragédia.

Histórico de esquizofrenia

Na coletiva, o chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré, disse que o atirador,  Edson Fernando Crippa, e seu pai Eugênio Crippa, 74 anos, tinham histórico de esquizofrenia e que não havia registro de violência do atirador contra os pais.

O ataque de Edson, segundo a Polícia, começou quando os pais e o irmão do atirador, Everton Luciano Crippa, de 49 anos, estavam conversando com os policiais que foram ao local a partir de um chamado de violência domestica. Nesse momento começou o ataque atingindo o pai, o irmão e o policial militar Everton Kirsch Júnior, de 31 anos, as três vítimas fatais até agora. A mãe do atirador e policiais estão em estado grave. A mãe Cléris Crippa e a cunhada do atirador estão na UTI do Hospital Centenário de São Leopoldo.

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