Não tem como pensar no futuro sem envolver as pessoas. É o que explica o antropólogo colombiano Santiago Uribe quando fala de Cidades Resilientes e como foi a transformação social de sua cidade natal, Medellín, que deixou de ser a mais violenta do mundo para se tornar uma referência em inovação, após um trabalho social realizado nas últimas duas décadas, resultando em uma das experiências mais bem-sucedidas da América Latina.
Uribe foi o palestrante na manhã desta quinta-feira (26) no seminário Territórios Empreendedores Supera, organizado pelo Sebrae/RS em parceria com a Unisinos. O encontro ocorreu na Tecnosinos e reuniu empresários, políticos e profissionais de vários setores da sociedade.
O foco principal foi discutir ações e estratégias que fomente o crescimento sustentável e a resiliência, especialmente após os impactos causados pelas enchentes de maio de 2024. Mas Uribe teu uma verdadeira aula de como fazer e a importância de envolver pessoas neste processo.
PARTICIPAÇÃO DOS JOVENS
Durante um pouco mais de uma hora Santigo Uribe falou de suas experiências de vida. Da transformação que passou Medellín deixando de ser o município mais violento do mundo para se tornar uma referência em inovação. Lembrou que essa transformação de buscar cidade mais resilientes precisa contar com a participação dos jovens e o ponto de partida surge sempre após tragédias com vivemos em maio com as enchentes no RS. “Como vamos pensar uma cidade para 50 anos sem a presença dos jovens. Eles precisam estar juntos nestes diálogos. Podemos começar pelo final. Pela tragédia que vivemos”, lembrou.
ETAPAS
Outro ponto indicado pelo antropólogo, que hoje reside em Porto Alegre, é definir etapas. “Quando pensar em espaço, defina o território. Objetos, use a tecnologia. Sujeitos, envolva a comunidade, projetos reúna os processo. Importante nos reunirmos para fazer e não apenas falar”, finalizou o colombiano.
TRABALHO DA UNISINOS
Professores da Unisinos com o apoio do Sebrae/RS já iniciaram uma ação estratégica destinada a fortalecer os negócios locais, promover a inovação e apoiar a reconstrução dos territórios mais afetados. O primeiro passo foi mapear os territórios para estimular a cooperação e a parceria entre municípios e fortalecer as lideranças regionais. O território piloto envolve 12 cidades. O seminário ocorrido nesta manhã foi o segundo passo. Agora tem a construção da agenda, pagto com a comunidade e a implementação.
