Um dos maiores desafios a serem enfrentados pelos candidatos que disputam a Prefeitura de São Leopoldo e as 13 vagas da Câmara de Vereadores é reduzir a abstenção convencendo os eleitores de São Leopoldo a sair de casa no dia 6 de outubro para votar. A abstenção é a maior adversária de todos os candidatos. É inimiga, precisa ser combatida sem estratégias mirabolantes, caras e muito menos recorrer a baixarias.
ESTRATÉGIA
A melhor estratégia para combater a abstenção depende única e exclusivamente do candidato, do seu comportamento, da postura, de apresentar soluções para cada problema que apontar e não um culpado para cada problema que estiver em seu material de propaganda. Muita atenção nesse quesito para não escolher um culpado que já foi seu parceiro, seu aliado em outras eleições. Ao contrário do que parece, o eleitor lembra, e quando não lembra receberá um vídeo, uma imagem de campanhas passadas.
NÃO FORAM AS URNAS
São Leopoldo tem 167.061 mil eleitores aptos a votar no dia 6 de outubro. Em 2020, 164.220 mil eleitores da nossa cidade estavam aptos a votar, compareceram na urna 164.220 mil , porém 51.306 mil não foram. E dos que foram até a urna no dia 15 de novembro de 2020, o voto em branco foi a opção de 6.581 mil eleitores, enquanto 6.813 mil anularam o voto com a seguinte mensagem: não importa quem seja, nenhum fará nada para a população.
A tese mais simples seria: 51.306 + 6.581 + 6.813 = 64.700 mil moradores de São Leopoldo terceirizaram a responsabilidade do comando da cidade para quem foi votar. Portanto 64.700 mil eleitores são responsáveis por todos os problemas que estão sendo apresentados na atual campanha. Simples assim para quem não reconhece o potencial da abstenção.
CINCO CANDIDATOS
Os cinco candidatos a prefeito e os 174 candidatos a vereador precisam olhar com atenção a abstenção de 2020, que foi 51.306 mil eleitores (a pandemia colaborou); a abstenção de 2016 que foi de 31.182 mil eleitores; a abstenção de 2012 que foi de 23702 mil eleitores; a abstenção de 2008 que foi de 19.254 mil eleitores, por exemplo, dados do TRE/RS.
ABSTENÇÃO
A abstenção é causada por diversos fatores e motivos: desinteresse pela política, falta de identificação com os candidatos, desconfiança no que virá a partir de 1º de janeiro de 2025, será tudo igual mudando apenas os nomes, sensação que o voto não fará diferença alguma nos problema do dia a dia. O eleitor não se sente motivado a votar.
Para esses milhares de eleitores, o roteiro será o mesmo de sempre: vereadores eleitos em 6 de outubro mudarão de opinião de “lado” quando assumirem o cargo; o prefeito eleito precisa de base de apoio para ter governabilidade por quer no seu time aquele vereador que o atacou, criticou na campanha, mas que agora tem 1 voto e uma justificativa: “As divergências precisam ficar de lado e dar espaço para as convergências, afinal o que importa é o bem da população, da cidade”, narrativa atemporal, se encaixa em qualquer época, em qualquer momento da campanha e da gestão.
Independente da razão de cada um, a abstenção é uma escolha do eleitor assim como o candidato escolhe como fazer a sua campanha. Infelizmente nossa campanha tem mostrado que a prioridade é escolher o alvo e como derrotar.