Por Sônia Bettinelli : O tom das campanhas será esse até seis de outubro?

10 de setembro de 2024 - 16:14
Por Sônia Bettinelli

Faltando 25 dias para a eleição, o fato “novo” na disputa pela Prefeitura de São Leopoldo é muito material na rua graças ao repasse do fundo eleitoral tanto para vereadores quanto majoritária. Já no discurso das seis candidaturas o tom é o mesmo. Parece ser mais acertado para uns e  um tanto confuso para outros, ao menos na minha avaliação, o que não significa que o eleitor perceba da mesma forma, jamais teria essa pretensão inclusive  porque meu olhar é outro. Vejo indícios fortes de polarização entre Nelson Spolaor e Delegado Heliomar Franco, PT x PL, mas não reproduzindo a polarização  Lula X Bolsonaro.

A polarização daqui é Antipetismo x PT. O Delegado Heliomar Franco não se apresenta como o candidato de Bolsonaro  e quando veste verde e amarelo  sinaliza  nacionalismo. Representa o sentimento de antipetismo que sempre esteve presente nas campanhas, ou seja, é a fórmula que tem público fiel. São segmentos da sociedade que  nesse momento querem  escutar da boca do delegado que ele vai tirar o PT. Isso basta. Não precisa  detalhar projetos, dizer de onde e como buscará recursos para entregar todos os serviços públicos, por exemplo. Precisa deixar claro que seu objetivo é tirar o PT do sétimo andar.

A candidatura do governo, do prefeito Ary Vanazzi, Nelson Spolaor/Nado Teixeira fala a linguagem de 30% dos eleitores da cidade,. Mas se quer reeleger o projeto tem que avaliar se essa mesma linguagem serve para os demais eleitores. Precisa ser mais claro e respostas mais objetivas em relação à saúde, crítica de 90% dos candidatos a vereador da oposição. Talvez a defesa do sistema de proteção à enchentes seja  prioridade e por isso deixa de lado dados que todo  gestor tem que ter na ponta da língua. É provável que  tenha, mas não verbaliza número de cirurgias realizadas, exames, informatização da saúde, por exemplo. Destaca casas, aluguel social para atingidos, exatamente o que a oposição não está cobrando.

Gabriel Dias (PSDB) se apresenta “nem direita, nem esquerda”, opção para quem não se encaixa nos extremos. No decorrer da campanha avança para um perfil mais combativo em relação a Heliomar Franco e Nelson Spolaor. Essa mudança de movimento deve ser  em  resposta a uma  parcela de seus eleitores e simpatizantes, inclusive os mais próximos.

Arthur Schmidt (MDT) adota a conversa direta com a população em visita às casas, grupos de pessoas,  principalmente para quem  desvia de polêmicas, brigas políticas/ideológicas, que não usa a rede social para atacar e se defender. Geralmente aponta um problema do atual governo, na saúde e na educação, principalmente, com um caminho para solucionar. Até aqui mantém o discurso mas está se movimentando para possíveis mudanças.

Os candidatos Manoel Bandeira (Psol) e Hitler Pederssetti (Podemos) buscam votos em nichos específicos. Manoel Bandeira fiel aos princípios do partido priorizando a luta de classes. Pederssetti também segue a linha, não do partido, mas a própria linha de quem chegou à Câmara de Vereadores com posições dentro da própria coerência sem mudanças até aqui.

Se as campanhas estão no rumo certo e minha avaliação equivocada só um lugar para essa resposta: as urnas em seis de outubro.

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