Casa do Estudante. Anos 1990.Luiz Brasil está em copos por ali. Festa boa com gente nada esquisita. O esquisito sou eu.Estou ardendo em febre. E quero parecer feliz igual todo mundo parece feliz. Me falta conforto. Me falta Entender a raiz amarga da felicidade. Fui procurar amor dentro de uma crise de asma. Estão falando de política enquanto toca Sinal Fechado com Chico Buarque e Paulinho da Viola. Eu te vejo passar .Estou ali para te ver. E você é má comigo feito o Pernalonga. Ou eu sou vil por querer tua atenção e com isso cortar tua diversão bonita e exuberante?
Não tenho dinheiro pro vinho. E perdi o Centralão da uma hora. Ainda bem que minha mãe dorme se eu não chegar.
Sou um chato sem amor próprio. E tua excitação com a vida me encanta e me machuca. Me recolho no meu casulinho de frustração.
Princípinhio do ego.
Brasil divide sua bebida comigo. Falamos de arte e morte.
E então você me nota.
E então você vem.
Como uma água viva contra luz.
E a madrugada começa.
Parabéns, época também que vivi, muito bem descrita e arranjada com poesia e som.
Luiz Brasil: Artista, Solidário e Cupido