Na manhã desta sexta-feira (30), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou a “Operação Arsenal”, que resultou na prisão de cinco pessoas em flagrante e na apreensão de cerca de 50 armas e 20 veículos. A operação, que mobilizou mais de 350 agentes, visou o cumprimento de 64 mandados de busca e apreensão em 13 cidades do Rio Grande do Sul e São Paulo. Além das prisões e apreensões, a ação bloqueou judicialmente R$ 66 milhões e sequestrou cinco imóveis ligados aos suspeitos.
Entre os detidos está o principal suspeito de utilizar um clube de tiro em Novo Hamburgo para lavagem de dinheiro de uma facção criminosa. A investigação, conduzida pelo delegado Ayrton Figueiredo Martins Júnior, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), teve início após a compra suspeita do clube, cujos novos donos foram identificados como “laranjas” de uma organização criminosa. “Prendemos o principal suspeito por obstrução de justiça. Ele escondeu os aparelhos de telefone em uma parede falsa da casa, mas, por sorte, um alarme disparou e conseguimos identificar onde estavam os celulares”, explicou o delegado.
Além disso, foi descoberto que o clube de tiro possuía múltiplos CNPJs, um indício de irregularidades financeiras. A compra do estabelecimento foi intermediada por um gerente aposentado do Banco do Brasil, que também foi preso durante a operação desta manhã.
A ofensiva se concentrou em São Leopoldo e Novo Hamburgo, onde 31 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, mas também se estendeu a diversas outras cidades do Rio Grande do Sul e São Paulo. A operação continua em andamento, com as autoridades trabalhando para desmantelar toda a rede de crimes financeiros e de tráfico de drogas envolvidos.