O virologista e pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão da Feevale Fernando Spilki alerta. “A população precisa ficar em alerta, principalmente, para a circulação de vírus da Dengue 2, da continuidade dos casos de dengue em geral e dos casos concomitantes de vírus respiratórios tipicamente observados nos meses mais frios, o que pode ser preocupante para a saúde pública”, afirma.
Análises de municípios da região demonstram circulação concomitante de dengue e doenças respiratórias. Um informe divulgado pela Rede Corona-Ômica BR-MCTI, integrante da Rede Vírus do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Vigilância Genômica e Saúde Única (INCT-One), revelou a circulação concomitante do vírus da dengue e de vírus respiratórios típicos de meses mais frios.
Por meio do Laboratório de Microbiologia Molecular (LMM) da Universidade Feevale, foram analisadas, entre 7 de maio e 7 de junho, 50 amostras para vírus respiratórios e 559 para dengue. A ação integrou as ações de apoio às prefeituras do Rio Grande do Sul que foram atingidas pelas enchentes em maio.
No período, seis prefeituras enviaram amostras para serem analisadas pelo LMM. Foram feitos testes para os municípios de Canoas (71,6%), Sapiranga (12,8%), Novo Hamburgo (6,1%), Campo Bom (5,9%), Parobé (2,1%) e Ivoti (1,5%). Os resultados demonstraram que, das análises realizadas para dengue e suas variantes, um total de 73% se revelou positivo. Já entre as amostras investigadas para vírus respiratórios, 48% deram positivas, destacando-se o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e a Influenza.
Em São Leopoldo são 22 óbitos por causa da dengue.