Além de deixar um rastro de destruição pela cidade a catástrofe climática que afetou São Leopoldo está causando preocupação com a proliferação de doenças. A principal dela a leptospirose, transmitida pela urina do rato e cães. Nesta quinta-feira (6), conforme André Ellwanger, coordenador da Vigilância em Saúde do município, sete pessoas estão contaminadas e duas delas internadas no Hospital Centenário (confirmado pela presidente do HC Gisele Vieira).
São Leopoldo registrou uma morte e ainda há 125 casos em investigação. No Estado são 15 mortes.
“A leptospirose é uma doença de veiculação hídrica, uma bactéria transmitida pela urina do rato mas o cachorro contaminado com leptospirose também pode transmitir pela urina. Numa situação como a que estamos vivendo, aumenta a chance de propagação pela água”, explica André.
Sintomas da leptospirose
Alguns sintomas são dor no corpo, febre, dor na panturrilha que é característica, dor nas costas dorsal. Muito parecido com a leptospirose. Tanto é que hoje a conduta é encaminhar as duas doenças da mesma forma, chegou com sintomas pensa em dengue, pensa em leptospirose. Ter entrado na água é um detalhe importante. Por isso quem está limpando as casas, precisa usar luva, roupa que possa cobrir a pela, óculos, máscara. Se pingou no olho, na boca pode transmitir pela mucosa.”
Embora, na maioria das vezes, a leptospirose seja assintomática, o quadro da doença pode evoluir e causar falência de órgãos. Segundo o Ministério da Saúde, a doença apresenta uma letalidade média de 9%.
Úmido e lodo
A bactéria da leptospirose precisa de lugar úmido, como o lodo. Ela morre quando secar.
Como é o tratamento
O tratamento da doença é feito com o uso de antibióticos, devendo ser iniciado no momento da suspeita por parte de um profissional de saúde.
Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial. Por outro lado, nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata para evitar complicações e diminuir a letalidade. A automedicação não é indicada.