São Leopoldo tem sete casos de leptospirose confirmados com duas pessoas internadas no Centenário

6 de junho de 2024 - 18:30
Por Juliano Palinha

Além de deixar um rastro de destruição pela cidade a catástrofe climática que afetou São Leopoldo está causando preocupação com a proliferação de doenças. A principal dela a leptospirose, transmitida pela urina do rato e cães. Nesta quinta-feira (6), conforme André Ellwanger, coordenador da Vigilância em Saúde do município, sete pessoas estão contaminadas e duas delas internadas no Hospital Centenário (confirmado pela presidente do HC Gisele Vieira).

São Leopoldo registrou uma morte e ainda há 125 casos em investigação. No Estado são 15 mortes.

“A leptospirose é uma doença de veiculação hídrica, uma bactéria  transmitida pela urina do rato mas o cachorro contaminado com leptospirose também pode transmitir pela urina. Numa situação como a que estamos vivendo, aumenta a chance de propagação  pela água”, explica André.

Sintomas da leptospirose

Alguns sintomas são dor no corpo, febre, dor na panturrilha que é característica, dor nas costas dorsal. Muito parecido com a leptospirose. Tanto é que hoje a conduta é encaminhar as duas doenças da mesma forma, chegou com sintomas pensa em dengue, pensa em leptospirose. Ter entrado na água é um detalhe importante. Por isso quem está limpando as casas, precisa usar luva, roupa que possa cobrir a pela, óculos, máscara. Se pingou no olho, na boca pode transmitir pela mucosa.”

Embora, na maioria das vezes, a leptospirose seja assintomática, o quadro da doença pode evoluir e causar falência de órgãos. Segundo o Ministério da Saúde, a doença apresenta uma letalidade média de 9%.

Úmido e lodo

A bactéria da leptospirose precisa de lugar úmido, como o lodo. Ela morre quando secar.

Como é o tratamento

O tratamento da doença é feito com o uso de antibióticos, devendo ser iniciado no momento da suspeita por parte de um profissional de saúde.

Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial. Por outro lado, nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata para evitar complicações e diminuir a letalidade. A automedicação não é indicada.

Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco. O uso do antibiótico, conforme orientação médica, está indicado em qualquer período da doença, mas a eficácia costuma ser maior na primeira semana do início dos sintomas.
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