Samuel Souza é poeta e músico. Músico criativo. Poeta por inteiro.
Escreve com o cérebro e também com o corpo . É todo coração e cicatriz. Seus versos são caudalosos, as palavras sobrepõem as idéias e vice-versa. Sagaz como é, tudo lhe pertence .Toma do espaço sideral, da cidade, do seu bairro o que precisa para versar raios. Mas raios de sol.
Se a vida é triste, deixa pra lá. Alegrias hão de pintar por aí.
Samuel Souza em breve lançará um zine pela @glingybazarecultura
E fará o lançamento no Afronte no dia 22 de junho. Depois seguirá com apresentações em espaços culturais da cidade.
1.Qual teu primeiro contato com a arte?
Quando nasci minha família inteira já era ligada ao carnaval, meu pai era mestre de bateria, meus irmãos também eram ligados ao carnaval e já dançavam em uma invernada (grupo de danças tradicionais gaúchas), aprendi a tocar os instrumentos carnavalescos ainda quando criança, não me recordo bem com qual idade mas tenho lembranças dos desfiles, o que me recordo é que com 6 anos entrei na mesma invernada que minha irmã, e com toda certeza esse foi o passo principal para que eu me tornasse o que sou hoje.
2. Quais tuas influências como escritor?
Sempre gostei de escrever, criar histórias e contos, mas com intuito de brincadeira, foi quando me mudei da minha cidade natal Alegrete/RS que entendi o quanto eu era ligado a literatura e meus traços de escrita. Na grande Porto Alegre e capital, senti o apreço que o povo gaúcho tem por aquele que dava nome ao salão onde passei na frente por praticamente minha infância inteira, Mario Quintana, aprendi a aprecia-lo também e me encorajou a escrever mais a sério, conforme o tempo passou me transformei em um poeta, com traços intensos e únicos, minha escrita evoluiu muito e comecei a gostar de livros de terror, assim conhecendo outra influência, Stephen King. Quando comecei a frequentar locais onde a poesia e os livros darkside era mais bem vistos, conheci uma p…
3.O que a escrita te proporciona e o que tu pretende alcançar escrevendo?
Minha escrita sempre me representou, acredito que achei nela uma forma de ser mais eu e transbordar o que tinha por dentro, assim como da primeira vez ela me soa como uma terapia, de autoconhecimento e sempre que me encontrar meio perdido ela me trará de volta a vida. Não quero ter milhares de livros nem nada disso, quero ter apenas um, que carregue meus traços, minha vida e minhas influências, para que um dia talvez alguém possa ver e se identificar, como aconteceu comigo.
Formo de formas finitas
Fritas
Feitas de fita
Laços
Traço mais
Faço menos
Não me culpe
Eu também cuspi no prato
Tragos retrato
Retragos
Não me retraio
Faço o que quiser
Quisera eu
Atordoante
Me sinto um livre gritante
Num livro picante
Nunca lido mas conhecido
Pelas línguas dos mais sábios
Sabiás ou passarinhos