A abertura gradativa de parte das escolas da rede municipal de Educação de São Leopoldo está condicionada as condições climáticas e também do estado emocional dos professores, servidores e dos estudantes. A catástrofe climática que paralisa São Leopoldo e a maioria das cidades do RS, arrastou muito mais que equipamentos, livros, portas, janelas, por exemplo. Arrastou histórias e provocou feridas que levarão tempo sangrando. “Mas a escola vai voltar porque é a esperança que iremos sair dessa reconstruindo a cidade e as vidas”, disse a secretária municipal de Educação, Renata de Matos, no Berlinda News Entrevista.
Acolhimento
“Abrir as escolas que não foram atingidas e não fazem abrigamento, é para acolher os estudantes, as famílias e os colegas. Não haverá conteúdo novo. Queremos todos na escola, mas a frequência não será critério. É um passo de cada vez e o principal é o acolhimento pedagógico e trazer o estudante para evitar a evasão escolar. Fatos assim acabam afastando da escola.”
40%
“Cerca de 40%% de professores e servidores foram atingidos e não sabemos como será o retorno, a condição emocional porque cada um reage de uma forma diante de uma tragédia. Certamente teremos afastamento com atestado e necessidade de tratamento. Estamos planejando, avaliando cada situação”
Transferência temporária
“Entre as possibilidade está a transferência temporária do estudante, consequência do desastre climático que foi além de inundar a cidade. Em alguns pontos, por exemplo, as pessoas terão que mudar de endereço por uma questão de segurança em relação aos eventos ambientais e porque a casa não existe mais.”
Reacomodação de estudantes
“A cada dia estamos buscando soluções e encaminhamentos, mas até o momento não tratamos de levar estudantes de uma danificada para outra que não foi atingida. Para os primeiros três dia (segunda, terça e quarta) já está acertado três linhas importantes: Escola Bentos Gonçalves e na Ocupação Justo as crianças serão transportadas para as escolas Coelho Neto e Borges de Medeiros.”
Vistoria
“Junto com a equipe do Depro estamos vistoriando as escolas já sem água para a vistoria de engenheiros, equipe de elétrica e até agora não houve comprometimento estrutural. Fomos nas escolas Rui Barbosa, Jesus Menino, Pequeno Príncipe, Castro Alves, por exemplo, e o cenário é de guerra. Muita dor vendo móveis, livros, equipamentos em meio a lama. A etapa da limpeza , retirada de entulhos e a parte de obras já estão ocorrendo. Uma empresa está fazendo a limpeza.”
Kit escolar
“Sobre o material escolar para os estudantes temos uma parte da Smed e entregaremos o kit escolar para os estudantes nas escolas prioritárias. Sobre a reposição de material, alguns equipamentos temos alguns, o restante está sendo adquirido.
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