Normalmente Edson Miranda e sua família atravessam o Rio dos Sinos dentro do trem. Mas na tarde desta terça-feira (7) o trajeto foi a pé. Edson, a esposa Adriana e as filhas Valentina e Sofia foram ver como está a casa que deixaram na quinta-feira (2) e moram há 16 anos. “Saímos na madrugada quando tudo começou. Mandei as meninas primeiro porque achei que não iria subir nesta proporção. Mas ao meio dia a água já estava na cintura, aí sai também”, lembra.
Hoje eles saíram da residência de familiares em Sapucaia do Sul para ver sua casa nos Tocos e as meninas queriam ver as bicicletas. “Elas elas querem saber das bicicletas”, diz a mãe.
Mas o trilho na tarde deste terça não tinha apenas a família Miranda. Havia dezenas de pessoas atravessando os trilhos de um lado para o outro.
Dona Regina de Castro e Arnaldo Almeida saíram de Cidreira para ver como está a casa e os filhos. “Estávamos na praia. Viemos para ver os filhos e a nossa casa”, fala dona Regina.
Os trens não estão operando e as estações viraram abrigos para muitas pessoas.

Dona Regina e seu Arnaldo