Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reúnem na avenida Paulista, em São Paulo, onde acontece hoje ato convocado como um evento para defender a democracia.
Bolsonaro chegou por volta das 14h40, acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Como o UOL antecipou, Michelle Bolsonaro abriu os discursos às 15h em trio na altura do Masp (Museu de Arte de São Paulo).
Emocionada, a ex-primeira-dama se emocionou e chamou o evento de “ato pacífico de civilidade”. Ela também agradeceu a presença de Tarcísio de Freitas: “Abriu as portas da casa dele para nós”, afirmou. Depois, fez uma oração.
Grupos começaram a chegar ao local ainda pela manhã. Apoiadores divulgaram nas redes sociais a chegada para ato do ex-presidente.
A ocupação principal de manifestantes se concentra do Masp, mas se estende pela avenida Paulista. O número estimado de público ainda não foi divulgado.
Outros políticos foram anunciados após a chegada de Bolsonaro. Entre eles, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina, e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Antes dos discursos, o pastor Silas Malafaia, organizador do evento, se irritou com pessoas não autorizadas que tentavam subir no trio.
Youtuber português detido mais cedo ao desembarcar no Brasil falou no evento. “Eu vou garantir que a Europa e o mundo vão saber a verdade sobre o Brasil. O mundo vai saber que vocês precisam de liberdade, que vocês não podem ter censura. Não podem obrigar bebês a serem vacinados. Eu prometo essa mensagem vai correr a Europa e o mundo todo. Liberdade!”, disse.
Faixas sem ataques ao STF e bandeiras de Israel. No local, não foram vistas faixas ou cartazes com ataques ao Supremo ou a qualquer pessoa ou instituição. Há bandeiras do Brasil e de Israel. Em discurso no último dia 18, na Etiópia, o presidente Lula (PT) comparou os ataques à Faixa Gaza ao Holocausto, o que gerou críticas do governo israelense.
Há, ao menos, três grupos de fora de São Paulo previstos para ir ao ato. Eles partiriam de Curitiba (PR), São José dos Campos (SP) e Ribeirão Preto (SP) entre a noite de sábado (24) e a manhã de domingo (25), de acordo com seus organizadores.
Ato tem pulseira VIP e segurança reforçada
Cerca de 2.000 policiais acompanharão o ato na Paulista. Força Tática, Batalhão de Choque e Cavalaria são algumas das unidades da PM que cederão agentes. Drones e câmeras também serão usados.
Ato terá dois trios elétricos e área vip com pulseirinha. A expectativa é de que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro abra os trabalhos com uma oração. De acordo com o pastor Silas Malafaia, organizador da manifestação, existe a preocupação que não tenham ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal) durante o evento.
Tom dos discursos
O tom dos discursos é tratado com bastante cuidado, disse Malafaia. Bolsonaro quer evitar que o ato tenha um caráter golpista, já que o ex-presidente é investigado por suspeita de tramar um golpe de Estado. A escolha dos oradores também ganhou uma atenção especial por esse motivo.
O pastor afirmou que somente ele vai mencionar o nome do ministro do STF Alexandre de Moraes. Malafaia antecipou que fará “constatações” a respeito das decisões do ministro, mas sem agressões. Ele não deu mais detalhes do que vai dizer.
Há um compromisso dos presentes para não atacar nenhuma autoridade. A expressão “ditador da toga”, usada pelo pastor em seus vídeos para se referir a Moraes, não deve ser ouvida na Paulista, por exemplo.
Quem vai estar no ato, segundo organizadores
Silas Malafaia, pastor e financiador do evento
Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo
Jorginho Mello, governador de Santa Catarina
Ronaldo Caiado, governador de Goiás
Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais
Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil
Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente
Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador
Jorge Seif (PL-SC), senador
Marcos Pontes (PL-SP), senador
Carlos Portinho (PL-RJ), senador
Magno Malta (PL-ES), senador
Marcos Rogério (PL-RO), senador
Luis Carlos Heinze (PP-RS), senador
Izalci Lucas (PSDB-DF), senador
Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado federal
Carla Zambelli (PL-SP), deputada federal
Bia Kicis (PL-DF), deputada federal
Pastor Marcos Feliciano (PL-SP), deputado federal
Altineu Côrtes (PL-RJ), deputado federal líder do PL na Câmara
Mário Frias (PL-SP), deputado federal
Gustavo Gayer (PL-GO), deputado federal
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), deputado federal
Lista de aliados ausentes
Luciano Hang, empresário e apoiador de Bolsonaro em 2022
Damares Alves (Republicanos-DF), senadora
Gladson Cameli (PP), governador do Acre
Antonio Denarium (PP), governador de Roraima
Onyx Lorenzoni, ex-ministro da Casa Civil
Cláudio Castro (PL), governador do RJ.
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