São Leopoldo chega a 224 casos de dengue e mais de 100 pessoas aguardam resultados

Nesta sexta-feira São Leopoldo ultrapassou os 200 casos de dengue na cidade e pode ir a mais de 300 se confirmar as 100 pessoas que aguardam resultados. Hoje já 224 casos, conforme o painel de monitoramento de Aedes aegypti do Estado.

REUNIÃO DO ESTADO

Para reforçar as medidas de prevenção e assistência à população, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) realizou ontem (15) uma reunião online com mais de 350 secretários municipais de Saúde, gestores e equipes técnicas da área do Rio Grande do Sul. No encontro, a secretária adjunta da Saúde, Ana Costa, junto com os chefes de departamentos da SES, destacaram a importância da parceria entre o Governo do Estado e municípios no combate à doença.

Neste ano, já são 4.469 casos confirmados de dengue no Estado, com três óbitos entre eles registrados. Dos 495 municípios gaúchos, 466 são infestados pelo mosquito e 162 deles já registram casos em 2024. Os números foram apresentados pela equipe da Secretaria da Saúde ao presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), Guilherme Ribas, e aos gestores para ressaltar a importância das ações de assistência dos casos e medidas de combate ao Aedes aegypti.

O diretor adjunto do Centro Estadual de Vigilância Sanitária (Cevs), Marcelo Vallandro, apresentou o cenário epidemiológico da doença além de reforçar a importância de serem adotados os protocolos do Ministério da Saúde para os casos de dengue com critérios de atendimento, cuidados com a população infantil e exames necessários para a identificação de casos positivos.

Ele também apresentou aos gestores de saúde as ferramentas de apoio aos gestores, disponíveis nos “dashboards” online da Secretaria Estadual da Saúde, com atualização diária de casos, óbitos, tipo de vírus circulante, além de dados ambientais de municípios com infestação e de monitoramento de criadouros e novas estratégias aplicadas no Estado. Também estão em destaque dados como os níveis de alerta por região de saúde, que podem ser úteis para os gestores, secretários e equipes técnicas, principalmente de municípios de menor porte.

A diretora do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde da SES, Tatiane Pires Bernardes, frisou o acolhimento e cumprimento dos protocolos da dengue nas unidades de saúde e apresentou os materiais de apoio às equipes disponibilizados pela secretaria.

Representando o Conselho Estadual de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), o médico infectologista Paulo Ernesto Gewehr Filho apresentou informações aos gestores sobre os cuidados com a dengue e a relevância da suspeita oportuna da doença com início do tratamento mais precoce possível.

“O objetivo da reunião foi atualizar os gestores sobre o cenário da dengue e demonstrar as estratégias que os municípios podem utilizar”, destacou a secretária Ana Costa. “Uma única estratégia não é capaz de conter o mosquito e somente a área de saúde não consegue dar cona desse desafio. É importante que a sociedade e todos os órgãos públicos olhem para essa doença. E que o cuidado da assistência seja redobrado para que nenhum caso de dengue não venha a ser percebido e possa se agravar “.

Cuidados dentro das casas e apartamentos

– Tampe os tonéis e caixas d’água;
– Mantenha as calhas sempre limpas;
– Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
– Mantenha lixeiras bem tampadas;
– Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
– Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
– Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais.

Área externa de casas e condomínios

– Cubra e realize manutenção periódica de áreas de piscinas;
– A água da piscina deve ser tratada o ano inteiro;
– Limpe ralos e canaletas externas;
– Atenção com bromélias, babosas e outras plantas que podem acumular água;
– Deixe lonas bem esticadas, para evitar formação de poças d’água;
– Guarde os pneus em local coberto ou fure-os para que não acumulem água;
– Não deixe água da chuva acumulada em qualquer lugar.

Cuidado e sintomas

A população deve ficar atenta aos sintomas: dor de cabeça e febre alta, dor atrás dos olhos, dor muscular, dor nas articulações, apresentar manchas vermelhas na pele, erupções na pele, náuseas, vômitos. Neste caso, a orientação é que a pessoa procure a unidade básica de saúde mais próxima de sua casa.

Denúncias

Moradores que tiverem denúncias de água parada devem contatar a Ouvidoria SUS pelo telefone 2200-0736, de segunda a sexta-feira, das 9h às 14h ou pelo e-mail ouvidoria.sus@saoleopoldo.rs.gov.br. Outra opção é o atendimento presencial no Centro Administrativo, na avenida Dom João Becker, 754, Centro, das 9h às 14h.