Uma tática diferente é adotada por 52 municípios do Rio Grande do Sul como forma de mapear a população do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. A “ovitrampa” utiliza o levedo de cerveja para atrair a fêmea, que busca espaços com água parada para depositar seus ovos.
Dentro do vaso com água parada, tem uma pequena palheta de madeira. A água é jogada fora depois de cinco dias, enquanto o material é enviado para um laboratório que faz a contagem de ovos. Assim é possível reconhecer os locais com maior proliferação do inseto e reforçar o combate ao mosquito.
Tática é utilizada para mapear a população do Aedes aegypti em 52 cidades
Em Estância Velha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, a prefeitura identificou 5 mil ovos depositados nas armadilhas em janeiro. Em dezembro de 2023, foram 1,2 mil ovos.
Reprodução/GZH
A gente desloca agentes de saúde que estão trabalhando em outros locais para fazer uma varredura naquele local — explica Eliane Fleck, coordenadora da Vigilância em Saúde do município.
Segundo o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), o RS é o primeiro Estado a utilizar as “ovitrampas” em larga escala. Cada uma das 52 cidades envolvidas na ação tem entre 50 e 100 armadilhas.
— Ela é uma estratégia bastante baixa de custo — afirma Marcelo Vallandro, diretor-adjunto do Cevs.
Ao todo, 466 dos 497 municípios do RS registram infestações do mosquito da dengue – são 94% das cidades do Estado. A Secretaria Estadual da Saúde já confirmou 3,1 mil casos da doença e dois óbitos, um em Tenente Portela e outro em Santa Cruz do Sul.
Por GZH