Prestar atenção no desenvolvimento bebê a cada etapa de vida conforme a Carteira de Saúde da Criança, do Ministério da Saúde, é mais importante do que possamos imaginar. Essa foi uma das recomendações dos profissionais da Clínica Multidisciplinar Teame, no Berlinda News Entrevista desta quinta-feira (8). A assistente social e coordenadora da clínica, Adriana F. Siminski, a psicóloga Elisiane Teresa Brum Voltz e o atendente terapêutico Matheus Araújo, falaram sobre o atendimento oferecido na clínica aos pacientes particulares/conveniados, que será o mesmo às pessoas com necessidades específicas das pessoas com autismo, pelo programa estadual TEAcolhe.
A clínica atenderá 150 pacientes/mês que equivale a 1,2 mil procedimentos/mês para pessoas de São Leopoldo e cidades que fazem parte da região 7 da Secretaria Municipal de Saúde.
Final de março
“Nossa previsão é começar a receber os pacientes pelo TEAcolhe a partir do final de março assim que as obras estiverem concluídas. Serão mais quatro salas, sistema entre outros pontos que o convênio estabelece. Serão 1,2 mil terapias porque cada pessoa vem com 20 horas semanais de atendimento, isso significa 4 horas por dia com cada um dos profissionais necessários para cada um. Nossa equipe é formada por psiquiatras; neurologistas; fonaudiologos; psicólogos; terapia ocupacional; educador físico/psicomotria/ nutrionista ; nueopsicopedagoga e pedagoga; atendimento educacional especializado.” Adriana
Laudo
“Os pais estão mais ligados aos sinais e buscam o atendimento, a intervenção mais cedo. Bem importante destacar que ter um laudo não é premissa para atendimento. A família que identifica que uma criança de 1 ano ou pouco mais não tem o mínimo de desenvolvimento já deve buscar o auxílio de profissional habilitado, de atendimento. E depois sim seguir com o laudo, que é importante para a família inclusive para os direitos. ”
Condições individuais
“As crianças atípicas tem condições individuais e o papel da psicologia é fazer a avaliação da criança e da família. A partir disso será criado o plano terapêutico. Na conversa com a família precisamos saber o que está acontecendo em casa, se a criança brinca, se fala, se pede o que quer. Mas é essencial saber o comportamento, a avaliação funcional para um plano terapêutico passando por várias terapias, vários profissionais.” Elisiane
Tolerar tempo de espera
“Se a criança não compreende o que está acontecendo ao seu redor ela se desorganiza. Uma coisa simples para muitos mas que interfere no contexto familiar é na fila do supermercado, quando a criança chora, grita e a mãe precisa sair para regular a situação. A partir do plano da Elisiane eu aplico, por exemplo, terapia para tolerar o tempo de espera. Um paciente chegou em julho e o tempo de tolerância de espera era de 20 segundos. Hoje ele já consegue esperar 1 minuto, 1 minuto e meio.”Matheus
52 anos
“Estamos falando em crianças o autismo pode ser diagnosticado em pessoas de todas as idades. Recebi uma paciente de 52 anos que aos 19 anos foi mãe e não conseguia toca no filho. Ao longo da vida passou por muitos profissionais de várias especialidades até chegar a uma psiquiatra que solicitou o diagnóstico. Ela passou esse tempo com depressão, sofrendo muito. Agora vai começar com as terapias”. Adriana
TE AME Clínica Multidisciplinar
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