Entidades de vários segmentos criticam aumento de ICMS proposto pelo governo Leite

16 de novembro de 2023 - 14:18

O governo de Eduardo Leite (PSDB) deverá encaminhar à Assembleia Legislativa em breve proposta elevando de 17% para 19,5% a alíquota básica de ICMS no Rio Grande do Sul. A informação, antecipada pela colunista Taline Oppitz, nesta quarta-feira, gerou diversas reações, especialmente de setores econômicos, que criticaram a decisão, assim como os impacto negativo na economia do Estado.

Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul) 

O presidente da Fiergs em exercício, Arildo Bennech Oliveira, diz que “o poder de compra dos consumidores gaúchos será afetado, com impactos na redução do consumo e, consequentemente, na diminuição da produção industrial.” Ainda segundo ele, após conversa com Gilberto Petry, que está na Alemanha, afirmou que a competitividade da indústria vai sofrer caso a elevação se concretize, assim como teremos reflexo sobre a inflação estadual.

O assunto será tratado em um encontro dos sindicatos industriais para a próxima terça-feira.

Setcergs (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística no Rio Grande do Sul)

“O aumento dessa alíquota (ICMS) implica em custos adicionais para as empresas que atuam nesse segmento, gerando impactos diretos em suas operações e na competitividade do setor. “É hora do governo repensar na sobrevivência e não em cobrar impostos, principalmente a mais que os outros estados cobram. Isso é inaceitável. Com essa proposta, estaremos sujeitos a um dos impostos mais onerosos do país”, afirmou o presidente do Setcergs, Sérgio Mário Gabardo.

Federação Varejista do Rio Grande do Sul

A Federação Varejista do Rio Grande do Sul, por meio de seu presidente, Ivonei Pioner, manifesta veemente repúdio a essa decisão, alertando para os sérios impactos que a medida pode causar ao setor.

“Essa elevação tributária impõe um ônus adicional aos empresários, comprometendo as margens de lucro e a capacidade de investimento no desenvolvimento e expansão dos negócios. O comércio varejista, muitas vezes operando com margens de lucro mais ajustadas, pode ter dificuldades em repassar integralmente esses custos extras aos consumidores. Isso cria uma pressão adicional sobre as empresas, que podem se ver obrigadas a absorver parte do aumento do ICMS, em alguns casos, com um impacto negativo nas operações e até demissões”, alerta.

Outro ponto de grande preocupação é o potencial efeito sobre o consumo. A elevação de impostos pode influenciar diretamente o poder de compra dos consumidores, desestimulando o consumo e afetando as vendas no varejo.

Fonte: Correio do Povo

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