De acordo com a psicóloga, o suicídio é decorrente de um quadro de saúde mental debilitada, e que é necessário romper com os tabus que norteiam o tema. “O suicídio é o ato deliberado que a pessoa faz contra si mesmo. A gente não usa mais a expressão se matou ou cometeu suicídio, a gente usa morte por suicídio. A ideia é irmos quebrando cada vez mais o tabu de que é algo que a pessoa faz contra ela. Não importa, se a pessoa está dizendo que ela quer morrer e fez alguma movimentação com tal ideia em mente, é considerado uma tentativa de suicídio”, explica Carolina.
Para Diego Bonini, agente administrativo da Secretaria da Fazenda, que compareceu ao evento, a palestra foi engrandecedora por apresentar iniciativas para realizar o acolhimento correto para quem está precisando. “É um assunto difícil porque fala sobre morte e sobre a vida. Este evento foi interessante porque vimos formas de ajudar pessoas nessa situação. É muito importante a gente estar disposto e à disposição de pessoas que possam nos trazer situações de ideação, ou de tentativa. É de grande valia que existam outros eventos como este para que a gente possa seguir o aprendizado sobre a saúde mental”, diz Bonini.
Setembro amarelo
O Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio que foi iniciada em 2015. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, diariamente, cerca de 3 mil pessoas de todo o mundo cometem suicídio e, ao longo da vida, 17 a cada 100 pessoas cogitam o suicídio como alternativa. Não obstante, o Rio Grande do Sul é o estado do país com as maiores taxas de suicídio.
Como diz Carolina Sartor Lara Monteiro, o mês de setembro, mais especificamente o dia 10 do mês, foi escolhido como a data de prevenção ao suicídio com a intenção de abrir debates sobre o tema. “Embora todo mês seja dedicado a falar sobre a prevenção ao suicídio, o 10 de setembro é reconhecido mundialmente pela Organização Mundial da Saúde como o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio. É uma campanha pensada pelo CVV, que é o Centro de Valorização da Vida, em conjunto com a Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina. Então assim, ele é bem focado pelo lado médico, mas a gente utiliza para falar sobre este assunto, que é muito delicado”, comenta Carolina.