“À nossa esquerda tem um cavalo preto lindíssimo. Parece uma seda o pelo dele. Nós estamos fazendo um círculo pela quadra. Estamos passando por uma área onde se encontram cavalos de todas as cores, prontos para competir”. Assim começou a primeira visita guiada com audiodescrição na Expointer. A iniciativa pioneira buscou contemplar públicos que até então ficavam de fora da experiência de conhecer o parque e as atrações da feira devido à limitação do sentido visual.
O presidente da Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para PCD E PCAH no RS (Faders), Marquinho Lang, foi quem organizou a visita e explicou que está sendo feito um movimento de adequação da Expointer, mas que é a primeira vez que ocorre uma audiodescrição coletiva. “A gente queria que eles não só passassem pela feira, mas que pudessem sentir e saber exatamente o que está acontecendo. Às vezes algo que é tão óbvio aos nossos olhos é invisível para eles, por isso é tão importante proporcionar a visita guiada”, justifica.
A experiência sensorial de tocar os animais e ouvir dos audiodescritores a cor do pelo, o movimento e a localização encantava o grupo a cada parada. A comunicação feita basicamente por comandos de voz organizava o grupo – que se dividiu em três grupos menores – para que ninguém se perdesse nem deixasse de participar de alguma situação pelo caminho.
Exposição “Alma Campeira” possui acessibilidade, prancha tátil e esculturas que podem ser tocadas – Foto: Mariana Ribeiro/Ascom Expointer
O presidente da Faders afirma que esta foi a primeira edição e serve para educar público, expositores e demais visitantes e também para observar o que precisa ser melhorado para os próximos anos. O estande da acessibilidade é fixo durante a Expointer e fica localizado no meio do Pavilhão Internacional.