São Leopoldo vive a expectativa dos 200 anos, o Bicentenário da chegada dos imigrantes alemães que será comemorada em 2024, aqui e em toda a região. A programação será extensa, mas simultaneamente um debate está ganhando espaço: as várias leituras sobre a chegada dos imigrantes e a relação com índios, negros, portugueses que estavam aqui. O maior debate porém é sobre quem chegou aqui, suas origens e qual o significado da palavra colonização que o Ceprol Sindicato dos Professores está trazendo para a discussão. O resultado será um documentário. “Precisamos fazer a descolonização desconstruir o que se repete há muitos anos”, disse Cris Mainardi, presidente do Ceprol no Berlinda News Entrevista desta segunda-feira (21) junto com a vice Rosi Petersen e o tesoureiro Felipe.
“Nossa proposta é de um olhar diferente sobre a história escrita por quem detém o poder. Queremos dar voz a outra parte da história que são os trabalhadores que é a diversidade que São Leopoldo possui. O outro olhar é para quem foi silenciado por isso estamos fazendo a pesquisa e vamos convidar historiadores como Martin Dreher”, diz Cris Mainardi.
“Aqui não era um espaço vazio. As pessoas estavam aqui e tinham sua cultura, sua história que precisa ser respeitada e publicizada. Temos que desconstruir todas as pautas que não promovem a igualdade, o respeito e é papel do sindicato levar isso para as escolas. Não podemos continuar “colonizar” os estudantes, porque a colonização significa escravidão”, observa Cris Petersen.
“Como sindicato não temos que fazer essa provocação por exemplo sobre a lei que existe há 20 anos e diz que a história afro precisa estar nas escolas. Infelizmente sabemos que isso não acontece. A maneira como os fatos são narrados nos livros ainda estão de acordo com a história europeia”, destaca Felipe tesoureiro do Ceprol.
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