Mais duas sublinhagens da variante Ômicron tem gerado preocupação entre os cientistas do mundo. As subcepas EG.5 e BA.6. Elas já circulam em três países: Argentina, Dinamarca e Israel.
Para o professor e virologista Fernando Spilki, pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Universidade Feevale, a preocupação existe, principalmente por causa das mutações da Covid, mas segundo ele, o olhar neste momento está mais posicionado para subvariante Éris (EG.5). “Ainda é bastante cedo para afirmar algo. Até essa nomenclatura é provisória, provavelmente será chamada BA.2.86. Por enquanto são poucos casos dela. Nossa preocupação está mais com a linhagem EG.5, ainda não detectada também no Brasil, para a qual está se investigando mesmo se induz aumento no número de casos. Nada ainda definitivo”, aponta Spilki lembrando que essa linhagem é bastante dispersa, incluindo Argentina.
USO DE MÁSCARAS E VACINAS
Em alguns países a volta do uso de máscara tem sido recomentado. Por aqui, pelo menos por enquanto, o virologista reforça a importância de completar o ciclo vacinal. “O uso de máscaras seria recomendado em ambientes de aglomeração, caso tenhamos de fato aumentos. Por enquanto, o conselho mais importante é manter o calendário vacinal em dia. Estudam mostram que pessoas que estão com o calendário em dia, especialmente idosos que esteja com o reforço anual estão em uma situação melhor que aquelas pessoas que ão estão”, alerta.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), que a classificou como “variante de interesse”, a EG.5 representa um risco baixo para a saúde pública, sem evidências de que cause quadros mais graves do que outras variantes que circulam no momento.
Apesar da análise dos dados indicar preocupação, ainda não há registros de internações e óbitos por causa dessas novas cepas. Mesmo assim, Fernando Spilki diz que sempre há a possibilidade. “Felizmente é mais raro em virtude da vacinação”.