No dia que São Leopoldo comemorava os 199 anos da Imigração Alemã, cerca de 100 funcionários da empresa Taurus, localizada no bairro São Borja em São Leopoldo, eram demitidos.
As causas, de acordo com o CEO Salecio Nhus, são os novos decretos do governo Lula que na semana passada restringiram ainda mais ainda acesso as armas no país. “Teve um decreto no início do ano e agora veio este segundo ainda mais restritivo. Somos uma indústria, geramos empregos que sustentam famílias e a ideologia não considera isso”, diz o CEO.
Nhus afirma ainda que mais demissões devem ocorrer. “Desde o início do ano foram meses de muita preocupação. É triste demais, fazer demissões, é muito lamentável, mas não posso postergar mais. O decreto é sufocante”, desabafa. De janeiro até agora quase 250 funcionários foram demitidos. Com isso a empresa conta agora com 2.750. A Taurus é uma das maiores empresa de armas do mundo. Além de São Leopoldo, tem fábricas nos EUA e na Índia.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Taurus, Empresa Estratégica de Defesa com 83 anos de história, informa que foi necessário nesse momento adotar medidas administrativas, o que inclui a triste e indesejável decisão de reduzir o seu quadro de colaboradores, com a demissão de cerca de 100 funcionários, devido às restrições impostas ao setor pelo Decreto Nº 11.615, de 21 de julho de 2023.
Desde o início do ano, com a publicação do Decreto Nº 11.366, de 1º de janeiro de 2023, a companhia tem aguardado uma definição e vem buscando ao longo deste período manter, de todas as formas, os empregos dos seus profissionais. O assunto foi durante meses tratado com as autoridades do município, do Estado e do governo federal, sem êxito. Com este segundo Decreto, ainda mais restritivo e sem agilidade, pois ainda depende de regulamentação, não restou alternativa.
A Taurus lamenta profundamente as demissões, inclusive por ir na contramão de todo o investimento realizado nos últimos anos na capacitação e desenvolvimento contínuo das pessoas, por meio do projeto da Taurus de Educação Continuada, com o intuito de contribuir para o crescimento pessoal e profissional de seus colaboradores.
O novo Decreto afeta não apenas a indústria, mas o Brasil e todo o setor no país, que tem uma mão de obra extremamente qualificada e emprega mais de 70 mil pessoas, registra anualmente faturamento de cerca de R$ 13 bilhões e recolhe aproximadamente R$ 2,8 bilhões em impostos por ano.