No palco principal da SL Fest 2023 hoje (17), o grupo de Dança Folclore Germânico da Sociedade Ginástica, abriu a tarde de atrações apresentando quatro danças trazidas pelos imigrantes do Sul da Alemanha que chegaram aqui. O grupo de dança existe há nove (9) anos. A costureira Claudete Feldmann e a professora de artes e de dança Aline Metz se conheceram pelo amor às tradições e pela dança que agora se transformou no ateliê Klayne Trajes Típicos especializado em contar a história dos imigrantes pela arte da costura. No Berlinda News Entrevista de hoje (17), logo após a apresentação, elas contaram um pouco mais sobre história, costura e dança.
Mico pelo traje errado
“Há 27 anos fui fazer um curso de especialização sobre trajes típicos em Gramado e meu traje estava errado, não era fiel à história da criação da roupa. Paguei o maior mico e desde então comecei a estudar a história dos imigrantes e não parei mais. Quando falamos em trajes típicos não tem nenhuma relação com fantasia ou um traje padrão. Cada região tem a sua história, o seu traje. Cada detalhe no vestido, no avental, acessórios explica uma parte da história”, contou Aline Metz.
Tiara
“O nosso traje típico não tem tiara porque no Sul da Alemanha havia muita pobreza e ao invés de plantar flores a opção era, por exemplo, plantar batatas para alimentar a família. Aline Metz
Pensei que seria fácil
“Quando decidimos fazer o primeiro traje do grupo até pensei que seria fácil ou pelo menos, não tá difícil. Foram 42 trajes de meninas, com todos os detalhes e acessórios, parte que é toda manual. Ainda bem que a mãe da Aline costurou os aventais. E hoje com o ateliê, terceirizamos a costura, cortamos e mandamos costurar, mas o restante é tudo com nós duas”, conta Claudete que resume seu tem longe da máquina, agulhas e linhas “da meia-noite até às 6 da manhã”, rindo.
Traje para o bicentenário
“O traje do bicentenário já está pensado e tecido comprado, aguardem para ver a beleza que será”, adianta Aline sem dar qualquer spoiler sobre 2024. “E quem quiser encomendar o traje dos 200 anos tem que correr para garantir a vaga. Até agosto desse ano, por exemplo, não temos vaga para nenhuma peça”, avisa.
Contato
@klayne_trajestípicos
51 99441-5043